Milhares dançam zumba no Parque das Nações
Num evento em que os números contam registaram-se 42 coreografias ao longo de três horas, protagonizadas, além do público, por 14 instrutores, 13 dos quais escolhidos num 'casting'.
A acompanhá-los esteve a coreógrafa do evento e os 19 instrutores 'chumbados' na prova de seleção, mas que tiveram direito a participar em três danças.
Os valores mais importantes da iniciativa só vão ser conhecidos na próxima quinta-feira, quando a organização entregar o cheque à associação Laço, ligada à luta contra o cancro da mama.
A presidente da Laço, Lynne Archibald, explicou à agência Lusa que o valor angariado vai financiar pelo menos duas bolsas, de 25 mil euros cada, de investigação científica na área do cancro da mama. "Esperamos poder chegar às três bolsas", acrescentou a responsável, lembrando que por não se saber a causa da doença, também se desconhece a cura.
Numa noite em que o desporto foi rei, a representante da Laço incentivou as raparigas que se tornam mulheres a continuar uma vida ativa.
Por ano, Portugal regista 5.600 novos casos de cancro da mama. Aliar esta causa à zumba tem uma explicação. "É vida ativa e uma modalidade cheia de alegria", assinalou a presidente da Laço, recordando que outubro é o mês da luta contra o cancro da mama.
Segundo Rita Gonçalves, da organização, terão passado pela Meo Arena "entre cinco a oito mil pessoas, com bilhetes a custar entre os 12,5 e os 25 euros.
De cartaz no ar, Fátima Marques revelou, de imediato, que tinha vindo de Aveiro para participar na festa da zumba. A música alta não deixava perceber à primeira que Fátima tinha vindo com "todas as amigas", mas percebia-se o seu entusiasmo pela dança.
"Faz-me bem ao ego. Amo dançar zumba", disse Fátima, de 49 anos, sem parar de se abanar ao som das batidas latinas e africanas.
Com mais 10 anos, Álvaro Ramos Carlos admitiu ter chegado a uma idade em que o pouco tempo servia de desculpa para não fazer desporto.
"Mas apareceu a zumba e entusiasmei-me. Perdi uns quilos bons e sinto-me bem fisicamente", comentou o praticante, que se iniciou nesta modalidade de ginásio há meio ano.
Mais 'veterana' é Lara Fernandes, de 11 anos, que começou a dançar "por iniciativa da mãe" há mais ou menos um ano.
A criança chegou este sábado a Lisboa depois de uma viagem de autocarro desde Coimbra, com um grupo de 24 pessoas, tudo porque gosta das "músicas e de dançar" e prefere não eleger o ritmo favorito porque tudo o que ouve por ali é "fixe".
Aos 17 anos, Gonçalo Faustino confessou-se "fanático" por zumba: "quando a descobri, não parei mais. Só danço há uns meses só, mas já estou a adorar".