Milhares assinalam 40 dias da morte de líder da oposição
O assassinato, no início de fevereiro, do opositor anti-islamita Chokri Belaid provocou protestos em todo o país e desencadeou uma crise política na Tunísia, que culminou com a demissão do primeiro-ministro, Hamadi Jebali.
De acordo com as autoridades tunisinas, cerca de 10 mil pessoas marcharam no sábado pelas ruas da capital Tunes empunhando cartazes em que podia ler-se "Quem matou Belaid?" e "Não à violência".
O antigo primeiro-ministro Jebali demitiu-se depois de ter proposto ao Ennahda (o seu partido) um plano para formar um novo Governo de tecnocratas, que não foi aceite.
O presidente Moncef Marzouki encarregou então o ministro do Interior, Ali Larayedh, de formar um novo Governo.
A morte de Chokri Belaid expôs as fissuras entre os islamitas, no poder, e os liberais, que exigem reformas democráticas.
A polícia tunisina prendeu quatro suspeitos pertencentes a um grupo islâmico radical pelo envolvimento no ataque, mas o Governo garante que os responsáveis continuam soltos.
A família de Chokri Belaid acusa o partido Ennahda, no poder, de ser responsável pelo crime, mas o partido islamita recusa qualquer envolvimento.