Miguel Maya: "Conflito na Ucrânia tem impacto negativo cada vez maior na economia"

O presidente do BCP falou dos impactos do conflito entre a Rússia e a Ucrânia na economia portuguesa na conferência da Ordem dos Economistas.
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O presidente da Comissão Executiva do BCP, Miguel Maya, disse esta sexta-feira, na conferência da Ordem dos Economistas, que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia tem um impacto negativo cada vez maior na economia. Ao contrário da crise pandémica, "a cada dia que passa sem um acordo de paz os impactos na economia crescem exponencialmente", admitiu, segundo o Jornal Económico.

"Portugal tem uma forte dependência energética do exterior. Felizmente não dependemos muito da Rússia, só cerca de 4% das importações de petróleo e gás", disse o presidente do banco, sublinhando que beneficiamos da área das renováveis.

No entanto, ainda que 67% da produção elétrica em Portugal tenha origem em renováveis, "são por demais evidentes os impactos da subida dos preços da energia na competitividade" e mesmo "na viabilidade de inúmeras empresas portuguesas". É imperativo desenhar apoios pontuais do Estado que protejam o tecido empresarial desta situação conjuntural que consubstancia uma falha de mercado", admitiu.

Quanto à vulnerabilidade portuguesa no conflito entre a Rússia e a Ucrânia, Miguel Maya assume: "Estaríamos certamente melhor, mais resilientes, se tivéssemos capacidade financeira, contas públicas equilibradas e saudáveis, para suportar estes choques."

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