Michelle Obama revela em novo livro que filhas foram concebidas in vitro
"Senti-me perdida e sozinha", disse hoje Michelle Obama ao programa Good Morning America, da ABC, referindo-se ao aborto espontâneo que sofreu há 20 anos - e que fez o seu casamento com o antigo presidente norte-americano entrar em crise.
Esta é uma das revelações do seu novo livro, Becoming. São 426 páginas de histórias pessoais e opiniões políticas - mas aquilo que toda a gente agora comenta é o aborto que Michelle sofreu e o processo de fertilização in vitro a que se submeteu para engravidar de Malia e Sasha, que hoje têm respetivamente 20 e 17 anos.
"Quis falar disto precisamente por ser algo de que não se fala. Nessa altura não sabia quão comuns eram os abortos e senti que algo em mim estava avariado. É importante explicar às jovens mães que os abortos acontecem."
Michelle tinha 34 anos e recorreu à fertilização in vitro para conseguir engravidar das duas filhas. E esse foi um processo duro para o casamento com Barack Obama. Ele passava longas horas fora de casa, ela tinha de administrar a si mesma as injeções.
"Só conseguimos ultrapassar as nossas divergências com terapia familiar. E não tenho vergonha de dizer que mesmo hoje, quando pensamos de forma diferente, somos capazes de pedir ajuda," disse no programa da ABC.
Becoming é um livro particularmente duro para o atual presidente do país, Donald Trump. "Nunca lhe perdoarei a teoria de que o meu marido não tinha nascido nos Estados Unidos", lê-se no livro de Michelle Obama.
"Foi algo louco e mal intencionado, que não consegue esconder o preconceito e a xenofobia que se pode ler entre as linhas daquelas declarações. Ao insinuar aquilo, Donald Trump estava a colocar a minha família em risco."
Esta manhã, antes de embarcar para Paris, o presidente norte-americano reagiu às declarações de Michelle Obama. "Eu também nunca conseguirei perdoar o que o marido dela fez aos militares dos Estados Unidos por não financiá-los adequadamente", disse Trump.