Metade dos imigrantes chega à UE, detetados 60 430 ilegais no primeiro semestre do ano
O número de imigrantes que fogem dos países de origem e atravessa o mar para chegar à Europa, particularmente para a Itália e a Grécia, tem vindo a diminuir todos os meses. Em junho, foram detetadas 13 100 passagens irregulares na fronteira das principais rotas migratórias para a UE, menos 56% do que no mesmo mês de 2017, dados divulgados hoje pelo Frontex, a Agência Europeia da Guarda Costeira e de Fronteiras .
A atividade da Frontex revela uma mudança nos fluxos migratórios. Em junho, o Mediterrâneo Ocidental tornou-se, pela primeira vez, a rota migratória mais ativa para a Europa.
Chegaram a Espanha 6400 imigrantes, mais 166% em relação ao ano anterior, oriundos maioritariamente de Marrocos, da Guiné e do Mali.
No primeiro semestre de 2018, detetaram 14 700 passagens irregulares de fronteira na rota do Mediterrâneo Ocidental, quase o dobro do verificado em igual período de 2017.
Também a rota do Mediterrâneo Oriental registou subidas este ano, embora tenha diminuído um terço no último mês comparativamente a 2017, totalizando 3600.
"Mas devido a um aumento significativo de travessias irregulares nos últimos meses nas fronteiras terrestres com a Turquia", diz a Frontex, o número de migrantes detetados nesta zona foram 24 300. São maioritariamente oriundos da Síria e do Iraque.
Em junho, menos três mil migrantes chegaram à Itália pela rota do Mediterrâneo Central, o que representa menos 87 % comparativamente ao mesmo mês de 2017. Se somarmos os primeiros seis meses de 2018, há uma redução de 16 100, menos 81% que há um ano.
Os tunisianos e os eritreus representam um terço de todos os migrantes detetados em Itália.
A principal rota migratória nas Balcãs Ocidentais da Sérvia para a Hungria e a Croácia continua com um baixo número de migrantes irregulares. Está a surgir uma rota paralela via Albânia, Montenegro e Bósnia e Herzegovina, bem como da Sérvia à Bósnia-Herzegovina, que regista um aumento da pressão migratória.