O anúncio saiu da boca de Kaká, o último homem a furar o duopólio em que se transformou, nos últimos anos, a eleição do melhor futebolista do mundo: Lionel Messi ganhou a Bola de Ouro - a quinta da carreira -, enquanto Cristiano Ronaldo foi deposto do trono, após ter vencido as duas edições anteriores. O argentino aumenta a aura lendária, após os triunfos de 2009, 2010, 2011 e 2012, e deixa ao português o difícil desafio de reconquistar o n.º1 mundial numa idade - à beira dos 31 anos - em que raros atletas o conseguiram nas últimas décadas. No entanto, António Simões, velha glória da seleção nacional, e José Soares, especialista em fisiologia, creem que "ainda vamos vê-lo muitos anos no topo"..Kaká, então jogador do AC Milan e da seleção brasileira, venceu ambos em 2007. Mas desde aí que o futebol mundial se divide entre Messi e Ronaldo - com a gala da FIFA, em Zurique (Suíça), transformada na cerimónia anual de coroação de um deles - o português venceu em 2008, 20013 e 2014. Ontem, nem Neymar, compatriota de Kaká, conseguiu contrariar essa regra: foi La Pulga a receber mais uma Bola de Ouro, a coroar o 2015 quase-perfeito do Barcelona, campeão europeu e mundial de clubes e vencedor da liga e da taça em Espanha (Luís Enrique, técnico do clube catalão, foi eleito o treinador do ano). "Foi uma vitória justa, óbvia e esperada de Messi. Ele fez um grande época e o clube que representa também", aponta, ao DN, António Simões, uma das figuras da seleção nacional que ficou em 3.º lugar no Mundial 1966..O jogador do Barcelona (a quem ontem só faltou a vitória no Prémio Puskas, entregue pelo voto popular ao outsider brasileiro Wendell Lira) subiu mais um degrau rumo à eternização como um o melhor futebolista de sempre. Para ser reconhecido como o melhor da história -ou ficar taco-a-taco com Pelé e Maradona - faltar-lhe-á, apenas, a conquista de um Mundial pela seleção argentina, o sonho que persegue..Leia mais na edição impressa ou no e-paper do DN