Merkel não altera política sobre refugiados

Merkel assume que o seu partido tem de trabalhar intensamente para recuperar a confiança dos alemães na defesa da questão dos refugiados.
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Angela Merkel, garantiu hoje que continuará a defender as "linhas mestras" da sua política sobre os refugiados. A chanceler alemã afirma que, apesar da derrota nas eleições regionais no estado de Mechlemburgo-Antepomerânia para a direita populista, "a base das decisões aprovadas nos últimos meses é correcta".

Embora se mostre "muito descontente" com os resultados no Estado de onde é natural, situado na extinta República Democrática Alemã (RDA), Merkel assume ter uma parte da responsabilidade dos resultados, visto que a campanha esteve sempre dominada por temas nacionais, como a crise dos refugiados e o direito à integração e não por temas regionais.

Após o fim da Cimeira do G20 que decorreu em Hangzhou, na China, Merkel falou aos jornalistas e explicou que a o partido que lidera, a União Cristã Democrata (CDU), deve perceber que "muitas pessoas não têm agora a confiança suficiente" na defesa da questão dos refugiados. A chanceler coloca de parte qualquer mudança de estratégia e admite que a CDU "tem muito trabalho pela frente" para recuperar a confiança dos cidadãos.

Merkel defendeu ainda o acordo entre a União Europeia e a Turquia que estabelece a devolução dos refugiados e imigrantes ilegais bem como reduzir o número dos que pedem asilo depois de chegarem à Alemanha, que já recebeu cerca de 1,1 milhões de pessoas. Melhorar a integração e impulsionar as expulsões de quem não tem direito a permanecer no país são outras das medidas estipuladas no acordo.

Questionada sobre se a derrota eleitoral pode pesar na decisão de se voltar a candidatar à Chancelaria alemã para uma quarta legislatura nas eleições de 2017, Merkel apenas referiu que "no momento oportuno" anunciará a sua decisão.

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