Merkel frisa importância do processo político afegão
Acompanhada do ministro da Defesa, Thomas de Maizière, Merkel esteve em Mazar-i-Sharif e em Kunduz, ambas no norte do Afeganistão.
Em Kunduz, a chanceler alemã sublinhou a importância do processo político no Afeganistão, afirmando que ele progride "por vezes com dificuldade, por vezes um pouco mais lentamente" do que a comunidade internacional desejaria.
"Mas este (processo) é essencial se queremos que o nosso envolvimento militar (...) seja verdadeiramente um êxito", acrescentou, referindo-se nomeadamente às eleições presidenciais previstas para 2014 em que deverá ser escolhido o sucessor de Hamid Karzai.
O programa da visita de Merkel não foi divulgado, por razões de segurança, mas o porta-voz da chanceler, Steffen Seibert, indicou que não está previsto qualquer encontro com Hamid Karzai, uma vez que a visita se destina "unicamente" às tropas alemãs em Mazar-i-Sharif e em Kunduz.
A visita de Merkel realiza-se seis dias depois da morte de um soldado das forças especiais alemãs numa operação conjunta com o exército afegão contra insurgentes, na província de Baghlan (norte).
Tratou-se da primeira morte de um soldado alemão no Afeganistão em quase dois anos.
Merkel reafirmou também a intenção de manter militares alemães no Afeganistão após o fim da missão da NATO, previsto para finais de 2014.
O Governo alemão já tinha anunciado, em abril, que pretende manter 600 a 800 soldados em missão de formação entre 2015 e 2017.
A missão da NATO no Afeganistão conta atualmente com cerca de 100.000 militares estrangeiros. O contingente alemão é o terceiro maior, depois do norte-americano e do britânico, com 4.200 tropas.