Melania defende o filho: "É uma vergonha usar uma criança na luta política"
Melania Trump criticou, de forma veemente, uma professora de Direito de Stanford, Pamela Karlan, que usou o nome do filho do casal Trump para fazer uma analogia em forma de piada durante uma audição no Congresso no âmbito do processo de impeachment (destituição) de Donald Trump. A testemunha disse o seguinte. "Embora o Presidente possa dar o nome de Barron ao seu filho mas não pode fazer dele um barão." A mulher de Donald Trump reagiu pelo Twitter e disse que Karlan devia ter vergonha de usar uma criança menor para fazer luta política.
"Uma criança menor merece privacidade e deve ser deixada de fora da política. Pamela Karlan, você devia ter vergonha da sua muito zangada e obviamente muita tendenciosa exploração pública, e usar uma criança para fazê-lo", escreveu Melania Trump na sua conta de Twitter, com Donald Trump a partilhar esta mensagem na sua conta logo de seguida.
Barron é filho de Donald e Melania Trump e tem 13 anos. Karlan mencionou o seu nome quando fez uma analogia para discutir as diferenças entre reis e presidentes. "A Constituição diz que não pode haver títulos de nobreza. Portanto, embora o Presidente possa dar o nome de Barron ao seu filho, não pode fazer dele barão", disse Karlan, que é a favor da destituição de Donald Trump.
Foi a primeira vez que Melania Trump falou publicamente sobre o processo de impeachment em curso ao seu marido. Questionada sobre o tweet, a secretária de imprensa da Casa Branca, Stephanie Grisham, disse à CNN: "Acho que o tweet da senhora Trump fala muito claramente por si próprio."
O deputado Matt Gaetz, um republicano da Florida que é um dos mais fortes aliados de Donald Trump no Congresso, confrontou Karlan diretamente com o seu comentário durante a audiência. "Deixe-me dizer também que, quando invoca o nome do filho do presidente quando tenta fazer uma piada ao referir Barron Trump, isso não dá credibilidade ao seu argumento. É você que fica mal", disse Gaetz a Karlan. "Faz parecer que está a atacar alguém por ser da mesma família, no caso o filho menor do presidente dos Estados Unidos".
Refere a CNN que, embora os filhos menores dos presidentes recebam críticas ocasionalmente, é tradição em Washington manter os filhos fora da discussão política. Em 2017, Chelsea Clinton - que era um ano mais nova que Barron Trump quando o pai, Bill Clinton, se tornou presidente em 1993 - defendeu o filho mais novo de Donald Trump. "Já é hora da comunicação social e todos deixarem Barron Trump em paz e deixá-lo ter a infância particular que merece", escreveu Chelsea Clinton há dois anos.