Teclado, guitarra, bateria e contrabaixo normalmente asseguram um bom concerto de Jazz. Se a isso se juntar um violino, as perspectivas melhoram e se na ponta do palco, sentada em frente a um enorme piano de cauda, estiver Diana Krall a probabilidade de se assistir a um grande concerto transforma-se quase em certeza..A dias de fazer 51 anos, Diana Krall começou a noite na Meo Arena com um simpático "boa noite", mas avisou: "estou muito emotiva". A promover Wallflower, o mais pop dos doze discos que editou desde a estreia em 1993, Krall lançou-se para perto de duas horas de concerto em que, mesmo sem falhar, apenas cumpriu o guião..Recuperada de uma pneumonia que no ano passado a obrigou a adiar o lançamento do disco, a cantora canadiana mostrou que os dotes se mantêm intactos. Voltou a mostrar que tanto canta Nat King Cole, como Bob Dylan - autor de Wallflower, música que dá nome ao disco -, inéditos Paul McCartney (If i take you home tonight) ou o maior sucesso dos The Mamas and the Papas, California Dreamin"..Depois de em 2013 ter provocado uma enchente no Cool Jazz Fest, ontem Diana Krall voltou a compor a maior sala do país. Não esgotou, mas quem assistiu ficou convencido do talento e terá levado para casa apenas uma dúvida. Se numa noite demasiado discreta, Diana Krall canta e toca assim, como será quando decidir voltar a mostrar toda a sua força?