Medina e a candidatura do Porto à EMA: "O processo não foi particularmente bem conduzido"
O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, reagiu esta tarde à escolha do Governo para candidatar a cidade do Porto, e não a capital como inicialmente previsto, para instalar a sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA). O autarca garantiu que respeita "com naturalidade" a "decisão política" do executivo e garante que contribuirá para que a instituição venha para o nosso país. Mas não deixou de criticar a forma como o processo foi conduzido.
"O processo não foi particularmente bem conduzido por parte do Governo. No início só havia uma escolha, que seria Lisboa, foi nesse contexto que se trabalhou. O governo não se apercebeu de imediato que o Porto também reuniria as condições, apercebeu-se depois, neste momento", disse Fernando Medina, confrontado com a decisão do executivo revelada durante a entrevista DN/TSF que será emitida no próximo domingo.
O autarca afirmou, no entanto, que compreende a "opção política": "Lisboa tem duas agências, o Porto não tem, vejo isso com naturalidade".
"Não veria bem era se o governo tomasse uma decisão de um local sem nenhuma condição só por questões políticas e que não tivéssemos uma candidatura forte como país", disse.
"A decisão do governo é uma decisão política, que respeitamos com naturalidade, esperemos que seja uma candidatura forte, que seja para ganhar, que é o objetivo mais importante", afirmou Fernando Medina.
Sabendo que "este um processo que é muito difícil, estamos a disputar neste momento duas agências que estão em disputa no meio de um quadro europeu" Medina considerou que "verdadeiramente só perde quem não vai à luta e não vai concorrer".
"Vamos fazer tudo para que o país ganhe este investimento. O presidente da câmara de Lisboa não concorre com outras cidades do nosso país por investimento. Temos que ajudar a puxar pela economia do país e faremos o nosso melhor para dentro dos nossos recursos ajudar o país a ser bem sucedido", garantiu.