Medina 'campeão' no défice, mas retoma ressente-se e em 2023 fica três vezes mais magra

Inflação triplica face à previsão de dezembro e retoma em 2023 emagrece. Muitas dúvidas na descolagem do PRR. Mas défice deve cair ainda mais, assim como a dívida.
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O défice público português deste ano deverá ser ainda mais baixo do que a meta de 1,9% do produto interno bruto (PIB) prevista pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, no Orçamento do Estado de 2022 (OE2022), estima a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), num estudo divulgado esta quarta-feira.

Mas a retoma da economia em 2022 será inferior ao esperado há seis meses (5,4% em vez de 5,8%) e o ritmo deve colapsar para menos de metade no ano que vem (1,7%, três vezes menos), num ambiente em que a inflação mais do que triplica, avança a OCDE no novo panorama económico (outlook) sobre as mais de três dezenas de países desenvolvidos do mundo.

A análise a Portugal sugere que este ano até é relativamente favorável, mas há problemas sérios no horizonte, tendo em conta a necessidade de recuperar do impacto duro da pandemia, muito explicado pelas interrupções no turismo.

O turismo parece estar a reanimar, mas o resto, como o consumo interno, o investimento e a aderência dos fundos europeus estão mais lentos face à urgência do momento. Juros e energia começam a pesar.

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