Medina admite correções ao aumento das pensões

Num cenário em que a inflação para este ano supere a previsão do governo de 7,4%, o ministro das Finanças abriu a porta a uma atualização superior das pensões para 2023 que a proposta de Orçamento do Estado fixa entre 3,53% e 4,43%.
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O ministro das Finanças, Fernando Medina, admitiu maiores aumentos para os pensionistas em 2023 caso a inflação deste ano fique acima de 7,4%, valor previsto, afirmou esta segunda-feira, durante a apresentação da proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2023.

"Haverá naturalmente a correção relativamente a esse aumento", caso a inflação que conta, a inflação média sem habitação, supere em novembro as estimativas do governo, disse Fernando Medina. Contudo, acrescentou, que a acontecer a correção terá um efeito muito reduzido.

A proposta do OE para 2023 confirma que que os aumentos para os pensionistas vão oscilar entre 3,53% e 4,43%, um corte face à aplicação da fórmula de atualização das reformas que daria aumentos entre 8% e 7,1%.

Esta redução na atualização das pensões que levará a perdas futuras para os pensionistas, tendo em conta que a base de cálculo a parir de 2024 passa a ser inferior, é uma contrapartida pelo bónus de mais meia pensão que os reformados recebem este mês, no âmbito das medidas de apoio ao rendimento para mitigar os impactos negativos da inflação.

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