Constituída por médicos e enfermeiros maioritariamente originários dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, a trabalharem em Portugal, a organização não-governamental chegou a Bissau há cerca de uma semana para ajudar.."Esta nossa missão é muito mais abrangente, multidisciplinar. É uma equipa com 14 médicos de várias especialidades e nós temos na nossa estrutura todas as especialidades médicas", afirmou o médico urologista Fortunato Barros, filho da terra, mas a viver em Portugal há mais de 30 anos. .Os 14 médicos, maioritariamente guineenses, estiveram espalhados durante toda a semana pelos hospitais de Cumura, Bor, Simão Mendes e nos centros dentários de Quélélé e Quinhamel. Ao todo realizaram centenas de consultas e dezenas de cirurgias..A missão permitiu também dar cursos de suporte básico de vida a médicos, enfermeiros e estudantes de medicina guineenses..Nas declarações aos jornalistas, Fortunato Barros pediu ajuda para a organização não-governamental.."Juntem-se a nós. Isto é um sonho que vem de trás e é tentar trazer os profissionais da terra", afirmou..É que os "filhos da terra" falam crioulo, conhecem a realidade e adaptam-se facilmente às condições locais, sem falar na alegria dos doentes quando descobrem que os médicos falam a sua língua.."Com o nosso conhecimento conseguimos resolver situações muito complicadas localmente", salientou. .A Saúde Sabe Tene, que termina sexta-feira a sua missão, chegou à Guiné-Bissau com a ajuda de empresários e de farmacêuticas e com mais de mil quilogramas de material hospitalar, que distribuiu pelos vários estabelecimentos hospitalares onde os médicos estiveram a realizar consultas.