Médicos do Egas Moniz recusam ir para serviço do Santa Maria
Os médicos de cirurgia plástica do Hospital de Egas Moniz querem que o serviço continue e recusam ir para o Hospital de Santa Maria. Foi isto que disseram numa carta enviada ao conselho de administração do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (a que pertence o Egas Moniz), que foi assinada por todos os elementos do serviço à exceção do diretor, que é também o presidente do colégio de cirurgia plástica da Ordem dos Médicos, e de um clínico que não esteve na reunião que se realizou ontem. O Hospital de Santa Maria corre o risco de perder a formação por falta de médicos especialistas e tem até ao final do mês para reforçar a equipa.
Na carta enviada à presidente do conselho de administração, os médicos do serviço - que conta com 14 especialistas e dez internos - afirmam que não estão disponíveis para ir para o Hospital de Santa Maria. Referem compreender as dificuldades da unidade, que consideram ter sido criadas pela própria, mas que não aceitam que o problema seja resolvido à custa do serviço do Egas Moniz. Quanto à possibilidade do recurso à mobilidade parcial - mecanismo que permite a deslocação de funcionários públicos para outros serviços dentro de determinada distância -, dizem não aceitar a opção, acrescentando que irão recorrer à legislação para que os seus postos de trabalho no Egas Moniz se mantenham.