"Me and Earl and the Dying Girl" vence no Festival de Sundance
O drama Me and Earl and the Dying Girl, do realizador Alfonso Gómez-Rejón, foi hoje o grande vencedor da trigésima primeira edição do Festival de Sundance, anunciou a organização numa cerimónia em Park City, em Utah.
O filme ganhou os prémios do Público e do Grande Júri para melhor filme dramático, com a história de um estudante de cinema que vê a sua vida ser interrompida quando a mãe o obriga a fazer amizade com uma aluna que tem leucemia.
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Thomas Mann, Olivia Cooke e Connie Britton compõem o elenco do filme, a segunda longa-metragem da carreira de Gómez-Rejón, um realizador de raízes mexicanas, nascido em Laredo (no Texas) e que já trabalhou como assistente de realizadores de renome, de Alejandro González Iñárritu (realizador de Babel e 21 Grams) a Martin Scorsese (em Casino).
"Isto é totalmente um sonho. Esta semana tem sido uma catarse incrível por muitas razões. Este filme significa muito para mim", afirmou Alfonso Gómez-Rejón, que dedicou o prémio do Público a todos os "jovens artistas" da sua cidade (Laredo) e da sua irmã de fronteira, a cidade mexicana Nuevo Laredo. No momento de receber o galardão do júri, o realizador assegurou que a sua longa-metragem foi uma homenagem à memória do seu pai.
O prémio do júri para melhor filme estrangeiro foi para a coprodução britânico-neozelandesa Slow West, enquanto o prémio para melhor documentário internacional foi entregue a The Russian Woodpecker.
The Wolfpack, a história de uns jovens fechados em casa e criados à base de filmes, recebeu do júri o título de melhor documentário feito nos Estados Unidos.
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O público escolheu Meru na categoria de melhor documentário norte-americano e Dark Horse (do Reino Unido) na categoria de melhor documentário estrangeiro.
O filme indiano Umrika foi o preferido do público na categoria de melhor filme estrangeiro
O Festival Sundance de cinema independente, que começou no dia 22 de janeiro e termina hoje, reconheceu ainda o trabalho de Matthew Heineman, que obteve dois prémios, o de melhor diretor de documentário e o de melhor fotografia por Cartel Land, no qual retrata o grupo de autodefesa de Michoacán (México) na sua luta contra um cartel de droga.
O júri atribuiu também um galardão especial aos diretores Bill Ross e Turner Ross pelo seu documentário Western, sobre a relação entre duas cidades fronteiriças dos Estados Unidos e do México.