MDM vence em bairro de Quelimane onde houve confrontos
Após o encerramento das urnas, às 18:00 (16:00 em Lisboa), os eleitores do bairro da Sagrada Família, recusaram abandonar o local, afirmando que desconfiavam da "possibilidade de fraude eleitoral", o que provocou a carga policial, testemunhada pela agência Lusa.
Pelo menos duas pessoas ficaram feridas na sequência da carga das Forças de Intervenção Rápida, que dispararam balas de borracha e utilizaram bastões eléctricos para dispersarem a multidão de apoiantes do Movimento Democrático de Moçambique.
Mais tarde, e após terem afastado os populares, uma patrulha da Polícia da República de Moçambique (PRM) regressou ao local, provocando nova dispersão das pessoas que se recusavam a abandonar o local.
No interior do edifício, decorria a contagem dos votos que indicam a vitória no MDM nas quatro mesas de voto da assembleia instalada na escola primária 17 de Setembro, de acordo com os resultados da contagem afixados no edital.
"Nós não saímos daqui. Nós queremos a democracia. Estamos fartos da polícia", disse à Lusa um dos moradores do bairro que se situa na estrada que conduz à periferia da capital da Zambézia, litoral centro de Moçambique.
Também na seção de voto de Ícidua, bairro periférico na zona norte de Quelimane, se verificou a presença da policia.
Na capital da Zambézia estão registados 105 mil eleitores, que votaram em 141 assembleias de voto.