Mayor de Nova Iorque: "Este foi um esforço para nos aterrorizar". Governador foi também alvo
"Esta foi um esforço para nos aterrorizar. Foi uma tentativa para aterrorizar a nossa imprensa livre e o nosso poder político". Foi desta forma que esta quarta-feira à tarde o presidente da Câmara de Nova Iorque classificou os casos de pacotes com explosivos que foram esta manhã entregues a moradas de Bill e Hillary Clinton, Barack Obama e os estúdios nova-iorquinos da CNN.
Garantindo, a meio da tarde, que a situação foi normalizada, Bill de Blasio acrescentou que "nesta fase" não existe quaisquer outras ameaças credíveis em Nova Iorque.
As bombas foram neutralizadas em segurança, garantiu o comissário da policia James O'Neill, mas num dos envelopes foi ainda descoberto um pó branco que está ainda a ser analisado.
O governador Andrew Cuomo, que reconheceu que o seu gabinete recebeu igualmente um pacote explosivo - "que está a ser controlado" - admitiu ainda ser possível existirem mais engenhos do género enviados para outros locais.
"Este é o mundo em que vivemos. Terrorismo e tentativa de propagar o medo é o mundo em que vivemos", declarou Cuomo, acrescentando: "O terrorismo só funciona se nos deixarmos afetar. Nós não vamos permitir que eles mudem as nossas vidas".
Tamto Cuomo como o mayor de Blasio (ambos democratas), traçaram ainda uma ligação entre estes incidentes e o ambiente de elevada hostilidade política que se vive no país, extremamente polarizado, muito alimentado pela retórica do Presidente Donald Trump (que já chamou "inimigo público" à comunicação social).
"Este clima de ódio está a contribuir para este tipo de situações", afirmou o governador Cuomo. Já o mayor optou por um tom um pouco mais otimista: "Sim, o momento histórico que vivemos é doloroso, mas ele há-de passar".