Mausoléu de Lenine reabriu após quatro meses em obras

O mausoléu de Lenine na Praça Vermelha em Moscovo, reabriu na quarta-feira ao público depois de trabalhos de recuperação, que duraram mais de quatro meses, motivados pela tendência de afundamento do monumento, anunciou a imprensa russa.
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Os trabalhos, iniciados no fim de dezembro, confirmaram a pouca pressa das autoridades em retirar da Praça Vermelha o cadáver embalsamado do pai da Revolução de Outubro, falecido em 1924.

O edifício vermelho e negro, de forma piramidal, recoberto com pedaços de granito e mármore, construído no fim dos anos 20 perto da muralha do Kremlin, tem-se afundado e inclinado, devido à condição do solo, o que tem causado fissuras por onde a água se infiltra, indicou o serviço de proteção do Kremlin (FSO) à agência Interfax.

O corpo de Lenine permaneceu no mausoléu durante os trabalhos de recuperação, adiantou o FSO.

A presença do corpo de Lenine tem causado debate desde a queda do regime comunista em 1991, com várias vozes a defenderem a sua inumação.

O ex-Presidente Boris Ieltsin não ousou tomar esta decisão durante a sua Presidência (1991-1999), enquanto o Partido Comunista e os seus numerosos apoiantes entre as gerações ligadas à memória de Lenine constituíam uma real força da oposição no país.

O atual Presidente, Vladimir Putin, um antigo agente do KGB, que associou desde a sua chegada ao poder os símbolos da Rússia czarista e os da União Soviética, deu a entender em dezembro que não pretendia retirar o corpo, chegando a fazer comparações com as relíquias cristãs.

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