Mau tempo força suspensão de buscas de vítimas

Chuva e vento fortes determinaram a suspensão das operações de buscas de corpos das vítimas do naufrágio sucedido no passado dia 16. Até agora, estão confirmadas 187 vítimas mortais.
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As buscas para tentar recuperar os corpos ainda presos em cabinas do ferry naufragado ao largo da Coreia do Sul foram hoje suspensas devido às previsões de mau tempo para o fim-de-semana.

"São esperados fortes ventos e chuva na área de Jindo", disse o porta-voz da guarda costeira, citado pela AFP.

O número de mortos na sequência do naufrágio, segundo o último balanço oficial, subiu para 187, com 115 a permanecerem desaparecidos nos destroços do ferry 'Sewol', que afundou a 16 de abril com 476 pessoas a bordo, incluindo 352 alunos do secundário em viagens escolares.

A embarcação ficou submersa e as condições perigosas e difíceis do local fizeram com que só ao fim de dois dias fossem retirados os primeiros corpos.

Ainda que não haja esperança de encontrar sobreviventes, as famílias das vítimas mantêm-se nas proximidades do local do naufrágio, exprimindo a sua raiva e frustração com a lentidão das operações para a recuperação dos corpos.

De acordo com as autoridades, a situação meteorológica tem ajudado os trabalhos dos mergulhadores nos últimos dias, mas as condições no interior do ferry são muito duras, com uma visibilidade quase nula.

A cada dia, os mergulhadores chegam a recuperar 30 corpos do ferry.

O Presidente norte-americano, Barack Obama, solidarizou-se na sexta-feira com as famílias das vítimas do naufrágio e assegurou, como pai de duas filhas, poder "imaginar a dor" dos familiares.

Obama, em visita oficial à Coreia do Sul, dedicou as suas primeiras palavras aos afetados pela tragédia durante a conferência de imprensa que realizou hoje em Seul, ao lado da sua homóloga sul-coreana, Park Geun.

O Presidente norte-americano rendeu homenagem às vítimas com uma magnólia que levou da Casa Branca e que ofereceu aos alunos do instituto em que estudavam a maioria dos desaparecidos e mortos do naufrágio, referindo que a flor simbolizava a renovação e lembra "a beleza das vidas que foram perdidas".

Pais de vítimas atacaram, na quinta-feira, um responsável pela guarda-costeira, que acusam de mentir sobre os esforços para recuperar os corpos ainda presos no interior da embarcação.

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