Massacre de Orlando: "Top Gear" criticado por piada sobre armas
Depois de um fraco arranque da nova temporada, e de ter perdido um terço da sua audiência nos primeiros dois episódios, Top Gear vê-se, esta semana, novamente sob fogo. O formato automobilístico da BBC 2 está a ser criticado e acusado de "mau gosto" por autorizar a transmissão de uma piada "inoportuna" sobre o controlo de armas, este domingo, horas após o massacre na discoteca gay em Orlando, Flórida, EUA.
O comentário em questão foi feito por Chris Harris, um dos anfitriões do programa. A meio de uma conversa com Matt LeBlanc sobre um Ferrari F12 TDF, o jornalista de desportos motorizados disse: "É assustador [o carro]. Parece zangado. Soa zangado. Tudo nele é feroz. Não acredito que é preciso uma licença para comprar uma arma, mas podemos simplesmente chegar aqui e comprar um destes".
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Não tardou a que os espectadores apontassem, em tom de crítica, o facto de a frase não ter sido cortada da emissão, tendo em conta aquele que foi o maior ataque terrorista em solo norte-americano desde o 11 de setembro de 2001 - matou 50 pessoas e deixou 53 feridas.
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Este foi o terceiro episódio da 23.ª temporada, que conta com Chris Evans como principal apresentador. O formato conta ainda com o ator Matt LeBlanc, a piloto alemã Sabine Schmitz, o ex-empresário de Fórmula 1 Eddie Jordan e os jornalistas Chris Harris e Rory Reid como anfitriões. Este é o elenco que veio substituir Jeremy Clarkson, Richard Hammond e James May, o trio que durante 13 anos conduziu Top Gear.
Recorde-se que Clarkson foi despedido da BBC em março de 2015, depois de ter agredido um membro da produção.
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O apresentador saiu da estação e levou consigo Hammond e May, com quem vai lançar, ainda este ano, o novo formato automobilístico The Grand Tour, na plataforma de streaming da Amazon.