Marrocos: uma pátria unida na vanguarda da luta contra a covid-19

Análise de Mohamed Chichah às medidas adotadas pelas autoridades marroquinas durante a pandemia.
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Marrocos, um dos maiores parceiros económicos de Portugal no continente africano por excelência, um país que partilha com Portugal uma história secular que encontra as suas raízes numa herança mediterrânica e uma relação fortemente estratégica baseada numa crescente proximidade e interdependência económica e numa aposta duradoura por parte dos dois países para uma maior cooperação bilateral, soube desde o surgimento do primeiro caso covid-19 importado da Europa no início do passado mês de março, seguindo neste sentido a visão sábia e as altas orientações da sua majestade o rei Mohamed VI para combater a pandemia Covid19, adotar decisões de prevenção consideradas notáveis e inovadoras. Estas permitiram ao governo de Marrocos mobilizar toda a sua estrutura, apressando implementação de medidas fortes e dos mecanismos necessários, envolvendo profissionais da saúde, de proteção civil, as forças de segurança, as forças armadas, a sociedade civil, as empresas e setor financeiro sempre com o apoio pessoal da sua majestade o rei Mohamed VI.


Face à situação criada pela pandemia covid-19, o governo de Marrocos decretou diversas medidas, entre os quais a suspensão do espaço aéreo e marítimo, o encerramento dos locais do culto e de eventos sociais, culturais e desportivos, o encerramento das instituições de educação, de escolas e universidades, a suspensão das audiências em tribunais do país, declarando o estado de emergência sanitária a partir de 20 de março para garantir o confinamento social e proibição de deslocações entre regiões e concelhos. Em paralelo, sua majestade o Rei Mohamed VI ordenou o reforço da capacidade clínica de reanimação mobilizando pessoal médico e paramédico da medicina militar ao lado da medicina civil, a construção de hospitais de campanha em várias regiões do país, incentivando as indústrias do pais para produção de material sanitário tais como ventiladores de alta qualidade, máscaras de proteção (o pais ambiciona produzir diariamente 5 milhões de mascaras), e outros materiais considerados essenciais para o combate da epidemia. E a fim de mitigar as possíveis consequências sociais e económicas motivada por esta crise, o rei Mohamed VI incentivou o governo do pais à criação de um fundo especial para o financiamento dos impactos da pandemia e as despesas relacionadas à reabilitação de mecanismos e meios de saúde. Inicialmente dotado de 10 bilhões de dirhams (cerca de mil milhões de euros), este fundo consegui captar mais de 3 bilhões de euros em poucos dias, graças a contribuições oriundas de diversos origens, nomeadamente de cidadãos, operadores económicos, instituições públicas e privadas, entre outros. Igualmente a redução da taxa básica de juros em 25 pontos base para 2% e a implementação de benefícios fiscais, linhas de subsídios para famílias carenciadas, apoios a empregados e empresas, e decretou a concessão do perdão real a favor de 5654 detidos e o reforço das medidas sanitárias em benefício dos detidos em cumprimento de respetivas penas nos estabelecimentos prisionais e também dos idosos nos lares.


A semelhança dos outros países do mundo, o empenho notável e inovador de Marrocos para combater a propagação da pandemia covid-19, mereceu grandes elogios por parte de altos dirigentes da organização internacional de saúde e da comunidade internacional, nomeadamente do continente europeu e africano, que classificaram a capacidade demonstrada e a determinação do governo e do povo marroquino para erradicar a pandemia, como um trabalho memorável digno de respeito e de consagração, não podendo deixa-lo à margem sem tirar o devido benefício e aproveitamento como um exemplo a seguir.


No plano internacional, Marrocos continua a estar no centro de elogios de instituições internacionais, e desta vez, é o parlamento Pan-Africano (PAP) sediado na África do Sul, que chegou enaltecer recentemente com uma alta apreciação a iniciativa da sua majestade o rei Mohamed VI para lidar com a pandemia de covid-19 no continente africano, considerando que, é uma continuação do compromisso do monarca em defender sempre as causas e os interesses africanos, e isso é visível no seu envolvimento pessoal, reiterando que a instituição legislativa pan-africana congratula-se com o fato de continente africano estar no centro da política externa do reino de Marrocos.

Cidadão marroquino residente em Portugal

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