Marco Silva atira a toalha sobre a própria cabeça

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O empate do Sporting no Restelo serviu para o treinador Marco Silva dar o título como perdido, o que não parece uma boa análise a 13 jogos do fim - quase uma volta completa pelas contas antigas, quase um terço do campeonato nos moldes atuais. Mais do que atirar a toalha ao chão, pareceu deixá-la cair sobre a sua própria cabeça durante o jogo - nunca conseguiu que William mudasse a sua posição e, assim, foi sendo sempre demasiado condicionado por Sturgeon. E também não se percebeu porque é que Montero saiu ao intervalo - para provar ao povo e ao seu presidente que Tanaka não é solução?

Claro que Nani está há muito perdido em combate e a equipa órfã dos seus golos (ao FC Porto, ou os quatro que fez na Champions); claro que Slimani não consegue ultrapassar a Taça de África - agora em forma de lesão; claro que Adrien e João Mário já estiveram melhor. Para fazermos uma análise mais precisa sobre o treinador, é preciso perceber porque é que Sarr esteve durante tanto tempo à frente de Paulo Oliveira e de Tobias, ou porque é que João Mário só apareceu já perto do fim de setembro.

Mas nem tudo são - ou foram - limitações do plantel. A guerra fria Bruno de Carvalho-Marco Silva ainda não acabou, apesar de um contrato com mais três anos pela frente. Na sua primeira experiência num grande clube, Marco Silva manifesta naturais dificuldades. Ganhar poucos jogos em casa foi um padrão que já teve no Estoril; de certa forma, é surpreendente que ainda se sinta um apoio tão grande ao treinador nos adeptos comuns. O Sporting é, de facto, diferente...

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