Marco Almeida mobiliza empresários em Sintra. "Onda de solidariedade não encontra eco na Câmara"
"A enorme onda de solidariedade do povo de português para com os refugiados ucranianos não encontra eco na segunda maior autarquia do país. A Câmara de Sintra não pode ficar indiferente ao drama brutal que se vive na Europa e tem de acompanhar a solidariedade da sociedade civil sintrense que se desenvolve por via das associações e de particulares", afirma ao DN Marco Almeida.
O ex-vereador social-democrata diz ter sido desafiado a envolver-se, fruto de 28 anos de exercício autárquico, e mobilizar esforços no apoio às famílias que estão a chegar a Portugal. E durante o fim de semana reuniu e desenvolveu contactos com cerca de 40 empresários de Sintra, de diferentes ramos de atividade, da restauração, hotelaria, setor da pedra, indústria, agricultura e áreas tecnológicas.
"Registo a generosa disponibilidade em participarem no esforço de oferta de trabalho a quem chega ao nosso país com a vida metida num saco", afirma. Reconhece que a falta de mão de obra em alguns setores não será resolvida pela via dos refugiados, na sua maioria idosos, crianças e mães. Mas diz ter sentido por parte dos empresários abertura para identificar as necessidades nos respetivos setores e tentar dar uma resposta aos refugiados ucranianos.