O Presidente da República justificou esta terça-feira o veto ao novo estatuto da GNR com o argumento de que gera "um problema de relacionamento" entre Forças Armadas e GNR, ambas entidades militares, embora com funções distintas..Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, o diploma gera "um problema de relacionamento, que se quer muito bom, na complementaridade, entre Forças Armadas e GNR" e "problemas dentro da GNR em termos de promoção de oficial-general"..Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde se deslocou para participar numa atividade de leitura de histórias a crianças internadas..O chefe de Estado vetou hoje o novo Estatuto dos Militares da Guarda Nacional Republicana, considerando que a possibilidade de promoção ao posto de brigadeiro-general "pode criar problemas graves" à corporação e às Forças Armadas.."Há um ponto que justifica o veto. Introduz não só uma diferença de regime entre Forças Armadas e militares da GNR, mas também dentro da GNR", afirmou aos jornalistas, no Hospital de Santa Maria..Numa mensagem divulgada no portal da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa refere que o decreto-lei "consagra agora uma condição especial de promoção ao posto de brigadeiro-general, que traduz um regime muito diverso dos vigentes nas Forças Armadas e na própria GNR".."Esta diversidade de regimes, entre militares, em matéria particularmente sensível, ademais cobrindo universo limitado de potenciais destinatários, pode criar problemas graves no seio das duas instituições, ambas militares e essenciais para o interesse nacional", assinala..O diploma, aprovado em Conselho de Ministros em 23 de fevereiro, é devolvido ao Governo para que "possa reapreciar a norma em causa".