Marcelo já trata de assuntos políticos com a sua equipa

Presidente eleito teve reuniões com Casa Civil e Casa Militar. OE apontado como exemplo das tarefas exigentes que por aí vêm
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A menos de 48 horas de tomar posse como 20.º Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa esteve ontem reunido com a sua pequena equipa no Palácio de Queluz. Segundo apurou o DN, foram mesmo duas reuniões: uma com a Casa Civil e outra com a Casa Militar.

De acordo com fonte próxima do sucessor de Cavaco, os encontros serviram para acertar questões burocráticas e outras de cariz político, até porque os tempos que se avizinham - desde logo com a apreciação do Orçamento do Estado (OE) - vão ser exigentes.

Marcelo esteve presente nas duas reuniões. Aliás, só o Presidente eleito se sentou à mesa com o próximo chefe da Casa Militar, João Carvalho Cordeiro, ao passo que na reunião da Casa Civil (que será chefiada por Fernando Frutuoso de Melo) também os assessores e consultores - "os homens de campo" - participaram.

A intenção, explicou o mesmo interlocutor, foi preparar os homens e as mulheres do Presidente para a articulação que vão ter de manter em Belém e ainda para que ensaiassem uma primeira aproximação, uma vez que Marcelo recrutou a sua equipa à sociedade civil e alguns dos elementos que o vão rodear nem se conheciam.

O OE volta a ser utilizado como exemplo para a articulação que será necessária. "Tem uma componente política, uma jurídica e outra económica, é preciso que todos estejam sintonizados", refere a mesma fonte.

Pelo meio, Marcelo aproveitou para se encontrar com a presidente da União das Freguesias de Queluz e Belas, Paula Alves, que lhe apresentou os cumprimentos.

Para a tomada de posse de amanhã - que contará com figuras como o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, ou o rei Filipe VI de Espanha -, voltou a ser dada a garantia de que o discurso "está fechado". Falta apenas passá-lo ao papel timbrado da Presidência da República.

10 de Junho em Paris

Também ontem ficou a saber-se que Marcelo vai introduzir uma alteração substancial nas comemorações oficiais do 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, que vão ter lugar pela primeira vez em Paris, de acordo com o Público. O Presidente eleito quer sinalizar a sua especial atenção às comunidades emigrantes e, após a cerimónia militar, embarcará com o primeiro-ministro, António Costa, e com o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, para a capital francesa.

O governo, pela voz do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, disse estar "muito satisfeito" com a decisão de Marcelo.

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