Marcelo celebra o "feriado que nunca devia ter sido suspenso"

Independência traduz-se em independência "política", "financeira" e "ética", que exige transparência "do serviço público ou na gestão do dinheiro público"
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O Presidente da República sublinhou esta quinta-feira que o 1º de Dezembro é um "feriado que nunca devia ter sido suspenso", por ser a data que em que se celebra e se celebrará "sempre" a "nossa pátria e a nossa independência".

Falando em Lisboa, na cerimónia de evocação da Restauração da Independência, data que hoje se assinala (depois de o feriado ter estado suspenso desde 2013), Marcelo Rebelo de Sousa destacou que essa independência de Portugal se traduz numa independência "política", "financeira e económica" e "ética".

Se a independência política "tanto deve" às Forças Armadas, "que são o penhor" da nacionalidade e "garante do Estado de Direito" - "e que merecem o inequívoco respeito de todos poderes e cidadãos" - "a independência financeira e económica exige rigor, crescimento, emprego e justiça social", recusando "sujeições espúrias, subserviências intoleráveis, minimizações inaceitáveis". "Todos sabemos que as nossas e os nossos compatriotas são cá dentro e lá fora os melhores dos melhores", justificou o Presidente da República.

Já no capítulo da "independência ética" do país, Marcelo notou que esta "impõe o respeito da dignidade da pessoa humana, dos direitos e deveres fundamentais, da isenção, da honestidade, da transparência da vida comunitária, em particular do serviço público ou na gestão do dinheiro público".

"Aqui virmos e aqui estarmos traz também consigo um sentido de compromisso" para se "fazer um Portugal melhor", apontou o Chefe do Estado.

Também o primeiro-ministro, António Costa, referiu que esta data estava a ser celebrada depois de anos "em que houve quem se permitisse apoucar e desprezar" o feriado, numa farpa direta ao governo anterior de Passos Coelho e Paulo Portas.

António Costa recordou que o seu Governo fez aprovar uma "lei que em boa hora restabeleceu os feriados" e que o dia de hoje não se festeja "em nome de um serôdio sentimento anti-castelhano".

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