Maratona. Em África já se corre para baixar a fasquia das duas horas

Fisioterapeuta que treina com Belele desvenda primeiros passos do projeto que visa bater recorde mundial em cinco anos.
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"Acredito de verdade: a médio prazo, é possível baixar [o recorde mundial da maratona] das duas horas . O ser humano não está assim tão longe, há muitos avanços para explorar. Há que seguir passo a passo". Marc Roig sabe do que fala. Ele próprio avança, a passo acelerado, como parte do projeto Sub 2 Hrs: é fisioterapeuta (e maratonista) e segue Kenenisa Bekele pelos caminhos de terra batida do vale do Rift, na Etiópia. É lá que a ambição de derrubar a barreira mítica das duas horas na maratona começa a ganhar forma.

"Bekele serve-nos de prova, é a melhor cobaia da história. Se conseguirmos que volte a ganhar grandes maratonas, aos 33 anos e após duas longas paragens (por lesão), isso demonstrará que vamos no caminho correto", descreveu o fisioterapeuta espanhol, ao El Mundo. E assim começou a levantar a cortina sobre a execução prática do Sub 2 Hrs, projeto promovido por Haile Gebrselassie (lendário atleta etíope de longa distância, detentor do recorde mundial de maratona de 2007 a 2011) e Yannis Pitsiladis, professor e investigador da Universidade de Brighton (Inglaterra). "Atendendo ao que já sabemos e ao que precisamos de descobrir, cinco anos deverão ser suficientes para cumprir o objetivo", garantiu o académico inglês, ao DN, ainda antes de a iniciativa entrar em fase de execução.

Do que decorre em África, ainda pouco se sabe, apenas que há uma equipa a trabalhar em prol do quebrar da barreira (Marc Roig faz parte de um grupo de cinco especialistas). E que Kenenisa Bekele é a cobaia, que "esteve duas semanas a ser submetido a testes exaustivos em Inglaterra" e, desde aí, passou a cumprir um regime rigoroso que define "quantos treinos deve fazer, quantas horas dormir, o que comer e em que quantidade" - descreve o fisioterapeuta espanhol.

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