Manuel Abrantes tem liberdade condicional rejeitada
O antigo Provedor adjunto da Casa Pia Manuel Abrantes, a cumprir prisão no âmbito do processo Casa Pia, viu hoje recusado pelo Tribunal de Execução de Penas o pedido de liberdade condicional, disse hoje à agência Lusa fonte ligada ao processo.
Segundo a mesma fonte, Manuel Abrantes já cumpriu metade da pena de cinco anos e nove meses de cadeia a que foi condenado, pelo que requereu a liberdade condicional, agora rejeitada.
A fonte não quis revelar, de momento, a fundamentação da decisão que recusou a libertação antecipada de Manuel Abrantes.
O Tribunal de Execução de Penas recusou igualmente o pedido de liberdade condicional de Carlos Cruz, também preso no âmbito do processo Casa Pia, considerando que não interiorizou a culpa nem mostrou arrependimento, conforme explicou à Lusa o seu advogado.
Ricardo Sá Fernandes referiu que a juíza de execução de penas recusou o pedido do ex-apresentador de televisão "basicamente por entender que não tinha interiorizado a culpa" dos crimes que lhe foram imputados nem mostrado arrependimento e confessado os crimes.
O advogado adiantou que está a analisar a possibilidade de interpor recurso desta decisão para o Tribunal da Relação de Lisboa.
Além de Carlos Cruz e Manuel Abrantes, foram condenados, neste processo, o antigo motorista da instituição, Carlos Silvino (15 anos de prisão), o médico Ferreira Dinis (sete anos de prisão) e Jorge Ritto (seis anos e oito meses).
Carlos Cruz e Jorge Ritto perderam, entretanto, as condecorações da Ordem do Infante D. Henrique que lhes tinham sido atribuídas pelos ex-Presidentes da República Jorge Sampaio e Mário Soares, respetivamente.