Manual para espiões da CIA: atenção à roupa se usar passaporte diplomático

Documentos secretos revelados pela organização de Assange mostram que agentes devem evitar comprar bilhetes de avião só de ida e na véspera do voo e ter cuidado com o que têm instalado nos seus aparelhos eletrónicos
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São dois os relatórios da CIA divulgados esta semana pela WikiLeaks nos quais ficamos a saber como a agência norte-americana aconselha os seus espiões a passarem pelos aeroportos mundo fora sem revelarem a sua verdadeira identidade e as suas preocupações com novas normas de segurança, nomeadamente na União Europeia. Os documentos são considerados secretos e indisponíveis para partilha com outras agências de informações, mas na sua maioria apresentam informações que não vão além do senso comum e que são do conhecimento de qualquer passageiro frequente.

O primeiro relatório, intitulado Surviving Secondary e datado de setembro de 2011, alerta para os perigos de um agente da CIA ser chamado para uma segunda revista, os comportamentos a ter para evitá-la ou o que fazer quando ela se torna uma realidade. E também os indícios que levam as autoridades alfandegárias a chamarem alguém para uma segunda revista em determinados aeroportos.

O aeroporto da Portela, em Lisboa, por exemplo, é referido como estando muito preocupado com a imigração ilegal, o que, diz a CIA, transforma os passageiros oriundos da "África Ocidental, de partes da Europa de Leste, das antigas colónias portuguesas Angola, Brasil, Guiné-Bissau e Moçambique" num foco de maior atenção.

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