Os manuais escolares acabaram de ficar desatualizados: quatro novos elementos foram oficialmente acrescentados à tabela periódica, completando a sétima linha. Os quatro são sintéticos, tendo sido produzidos por via de experiências científicas e só existem por uns instantes, no laboratório..A União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC) confirmou a 30 de dezembro a descoberta e atribuição de quatro novos elementos: o 113, 115, 117 e 118. As equipas responsáveis pelas descobertas, do Japão, Rússia e Estados Unidos vão agora poder escolher os nomes e símbolos dos novos elementos. Por enquanto, estes têm apenas nomes de trabalho.."A comunidade da química está ansiosa por ver a sua mais acarinhada tabela finalmente completa até à sétima linha. A IUPAC iniciou agora o processo de formalizar nomes e símbolos para estes elementos temporariamente chamados unúntrio, (Uut ou elemento 113), ununpêntio (Uup, elemento 115), ununséptio (Uus, elemento 117), e ununóctio (Uuo, elemento 118)", disse Jan Reedijk, presidente de uma comissão da IUPAC..A descoberta mais "polémica" era a do elemento 113, que era reclamada por russos e norte-americanos, e acabou por ser atribuída uma equipa do Instituto Riken, no Japão..[artigo:4960521].Os elementos com número atómico superior a 104 são considerados elementos superpesados. Só existem por uns instantes, depois de criados em laboratório, decaindo rapidamente..A tabela periódica, por vezes designada de tabela de Mendeleïev (do nome do cientista russo que criou a primeira versão em 1869), agrupa os elementos químicos classificados em função da sua composição e propriedades químicas..Os nomes podem ter origem em conceitos mitológicos, minerais, locais ou países ou mesmo um cientista. O crípton, por exemplo, vem do grego "kríptos", que significa oculto. O rutherfórdio, cujo símbolo químico é Rf, foi assim batizado em honra ao físico Ernest Rutherford.