Os manifestantes estavam sentados entre a placa central da avenida portuense e as ruas Dr. Magalhães de Lemos (que liga à Praça D. João I) e a Rua Elísio de Melo (em direção à Praça Filipa de Lencastre), com uma bandeira preta hasteada e um coelhinho de peluche enforcado..Pouco tempo depois do corte, a polícia aproximou-se dos manifestantes com um carro, mas as pessoas gritaram "esta luta também é vossa" e a viatura afastou-se sem que tivesse sido registado qualquer incidente. .Com buzinas, bombos e megafones, os manifestantes vão intercalando conversas com palavras de ordem como: "Gatuno, gatuno"..Apesar da forma pacífica do protesto, a Lusa presenciou no local um reforço policial, embora distante dos manifestantes. .O corte da avenida aconteceu momentos depois de alguma desmobilização popular no fim da manifestação contra a "troika" e o Governo. .Alguns populares mantiveram-se na avenida e, inicialmente, cortaram apenas o acesso a um dos sentidos da circulação automóvel na Avenida dos Aliados..Seguiu-se, depois, o corte no outro sentido da Avenida por centenas de manifestantes sentados no chão. .As pessoas sentaram-se no meio da avenida, dos dois lados, tornando impossível a circulação automóvel na mesma..Cerca de 50 mil pessoas, segundo a organização, terão participado na manifestação "Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas", que esta tarde encheu a Avenida dos Aliados, no Porto.."Eram esperadas 25 mil pessoas. Acredito que esse número duplicou", disse à Lusa João Lima, de 47 anos, um dos subscritores da manifestação..No local, fonte policial apontou para a concentração de "mais de 30 mil pessoas"..Pelas 17:00, a Avenida dos Aliados estava repleta de gente desde a Praça General Humberto Delgado, onde fica a Câmara do Porto, até à Praça da Liberdade. .O desfile de protesto desceu a Avenida, passou pela rua de Sá da Bandeira e regressou aos Aliados, onde os últimos manifestantes chegaram já perto das 19:00.