Manifestantes cortam trânsito na praça Tahrir

Manifestantes cortaram hoje o tráfego automóvel na praça Tahrir no Cairo e os acessos à sede da radiotelevisão egípcia para protestar contra a tragédia de quarta-feira em Port Said, da qual resultaram mais de 70 mortos.
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Uma fonte dos serviços de segurança afirmou que os manifestantes estão a impedir o acesso dos veículos à praça, onde estão centenas de pessoas acampadas desde 25 de janeiro para pedir a renúncia da Junta Militar, que governa o país.

Dezenas de manifestantes juntaram-se na praça de Talaat Harb, muito perto da praça Tahrir, para protestar contra a tragédia, referiu a agência noticiosa espanhola EFE.

Entretanto, as medidas de segurança foram reforçadas no edifício do Ministério do Interior por se temer que ali se dirijam os ultras do clube do Cairo, Al Ahly, que foi um dos envolvidos na batalha campal de quarta-feira, e os rivais de Zamalek, referiu uma fonte da segurança.

A selvagem batalha entre os aficionados do Al Masry, da cidade mediterrânica de Port Said, e os Al Ahly começou imediatamente depois do árbitro ter apitado o final de jogo.

O jogo terminou com a vitória local (3-1) quando os ultras do clube local invadiram o campo para agredir os jogadores do Al Ahly, treinado pelo português Manuel José.

A imprensa egípcia apresentou hoje nas primeiras páginas dramáticas alusões à violência, que já é conhecida como o "massacre de Port Said", com referências à situação política do país.

O "Egito está de luto depois do massacre do estádio de Port Said. A Federação de Futebol egípcia decide suspender a Liga", noticiou o jornal de maior tiragem no país Al Ahram.

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