Mandado de detenção para ex-presidente do Equador
Um tribunal do Equador emitiu um mandado de detenção para o presidente do Equador entre 2007 e 2017, Rafael Correa.
A juíza Daniella Camacho decidiu-se pela "detenção preventiva e alertar a Interpol", anunciou o Tribunal Nacional de Justiça em resultado da investigação sobre a tentativa de sequestro do ex-deputado Fernando Balda pela polícia equatoriana na Colômbia.
A juíza deu seguimento aos pedidos do procurador-geral, Paul Pérez, sobre a alegada participação do ex-presidente de esquerda nos crimes de associação criminosa e sequestro, informou o Ministério Público.
O procurador-geral pediu a prisão de Correa por este não ter cumprido uma medida preventiva de apresentação periódica perante o tribunal, em Quito.
O ex-presidente estava obrigado a apresentar-se quinzenalmente na capital equatoriana. Mas como mora em Bruxelas, Correa decidiu apresentar-se junto do consulado equatoriano.
Uma iniciativa que não foi bem acolhida pela justiça.
Rafael Correa vive na Bélgica desde maio de 2017. A sua mulher, Anne Malherbe Gosselin, é belga.
Fernando Balda, opositor de Rafael Correa, alega que em 2012, em Bogotá, cinco pessoas, atuando sob ordens do então presidente, o forçaram a entrar num carro. O sequestro não durou uma hora: a polícia colombiana interceptou o veículo.
"Perseguição política"
Os apoiantes do ex-presidente queixam-se que este está a ser vítima de "perseguição política" e anunciaram uma manifestação de apoio, a realizar-se na quinta-feira, na capital equatoriana.
Correa agradeceu, através do Twitter, as manifestações de solidariedade e aproveitou para deixar alguns recados.
"Vão tentar humilhar-nos e fazer-nos passar um mau bocado, mas uma monstruosidade destas jamais será aceite num Estado de direito como a Bélgica", escreveu.
Minutos antes recuperara um tuíte de Fernando Balda, de novembro de 2017, no qual este dizia que a Interpol iria receber mandado de captura de Rafael Correa.
"Adivinho ou parte de um conluio? Façam as vossas apostas."