"Em plena cidade de Nova Iorque" era assassinado Malcom X, o líder "da integração racial", noticiava o DN na sua edição de 22 de fevereiro de 1965. O ativista dos direitos cívicos nos EUA tinha 39 anos quando foi morto com 16 tiros de caçadeira..Há 55 anos, Thomas Hagan, autor confesso do homicídio, disparou na direção de Malcom X quando este subia ao palco do Audubon Ballroom, em Nova Iorque, para discursar. Na primeira fila estavam as filhas e a mulher grávida de um dos líderes mais influentes do movimento pelos direitos cívicos dos EUA..Uma voz contra a discriminação racial e um defensor dos direitos dos afro-americanos, Al Hajj Malik Al-Shabazz, mais conhecido por Malcom X, tinha abandonado no ano anterior à sua morte a Nação do Islão, tendo criticado o seu líder, Elijah Muhammad, o que gerou controvérsia. Terá sido esse um dos motivos que levou Hagan a disparar naquele dia fatídico..Um dia igualmente trágico em Luanda, onde 28 crianças do Lar das Irmãs da Misericórdia morreram, vítimas de "intoxicação". Pensou-se inicialmente que a origem da intoxicação estava nos alimentos que tinham ingerido. As autoridades concluíram, após investigação, que as crianças tinham sido "submetidas a uma limpeza a álcool" depois de se ter verificado que "tinham parasitas na cabeça". A Polícia Judiciária constatou que o álcool estava numa lata " e que junto da mesma se encontravam outras iguais, mas essas com inseticida"..A polícia considerou então a possibilidade de as crianças terem sido lavadas não só por álcool mas também com inseticida, o que originou uma intoxicação por via cutânea. Uma tragédia que "enlutou Angola e - não temos dúvidas em afirmá-lo - todo o mundo português", lia-se no DN.