Mais um pedido de gestão controlada no grupo do BES

A Rio Forte Investments, 'holding' para a área não financeira do Grupo Espírito Santo (GES), apresentou hoje um pedido de sujeição ao regime de gestão controlada ao abrigo da lei luxemburguesa, segundo um comunicado da entidade.
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"A apresentação deste pedido está relacionada com as dificuldades substanciais ocorridas na sociedade que detém 100% do seu capital, a Espírito Santo International S.A. (ESI) -- a qual apresentou um pedido de natureza semelhante no passado dia 18 de julho", lê-se no documento.

Esta informação surgiu no mesmo dia em que o Tribunal de Comércio do Luxemburgo aprovou o pedido de gestão controlada apresentado pela ESI, que declarou a 18 de julho não estar "em condições de cumprir as suas obrigações" quanto ao pagamento das dívidas.

A Rio Forte detém os interesses do GES nos sectores do imobiliário, turismo, agricultura, saúde e energia. A Rio Forte detém igualmente uma participação indireta (49%) no Espírito Santo Financial Group (ESFG), que detém as participações do grupo no setor financeiro, incluindo no Banco Espírito Santo (BES), no Banque Privée Espírito Santo, Suiça e na companhia de seguros Tranquilidade.

"A Rio Forte não está em condições de cumprir com as obrigações decorrentes de determinadas dívidas, cuja maturidade ocorreu desde 9 de Julho de 2014 e que se venceram após 16 de Julho de 2014", admitiu a entidade.

E acrescentou: "A Rio Forte acredita que uma restruturação transparente e ordenada da sociedade no âmbito de um processo de gestão controlada irá permitir a sustentabilidade financeira a longo prazo da Sociedade e, quando adequada, a negociação organizada dos seus ativos, tudo no melhor interesse de todos os seus 'stakeholders', em particular os seus credores".

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