Mais uma morte e 268 casos em Portugal em 24 horas. Há menos 20 pessoas internadas
Portugal confirmou, nas últimas 24 horas, 268 novos casos de covid-19, segundo indica o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). O relatório desta terça-feira (11 de maio) refere também que morreu mais uma pessoa devido à infeção pelo novo coronavírus.
O número de internados desce para 257 doentes, menos 20 pessoas em relação a segunda-feira. Nas unidades de cuidados intensivos há agora 71 doentes (menos dois).
Em 24 horas, recuperaram mais 661 pessoas da doença, são, no total, mais de 800 mil recuperados (801 306).
Foi no Norte que se registou a única vítima mortal devido à covid-19. A região continua a ser aquela em que se verifica o maior número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 (88), seguida por Lisboa e Vale do Tejo, que reportou mais 84 diagnósticos.
Confirmaram-se mais 27 novas infeções no Centro, 12 no Alentejo, 15 no Algarve, 26 nos Açores e 16 na Madeira.
Desde o início da pandemia (em março de 2020), Portugal já registou mais de 840 008 diagnósticos de covid-19, 16 994 óbitos, sendo que existem agora 21 708 casos ativos da doença (menos 394 face ao dia anterior).
Relatório da DGS mostra também que há menos 1375 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde - no total, são 19 699.
O índice de transmissibilidade, R(t), atualizado na segunda-feira, é de 0,92 a nível nacional e 0,91 no continente. A incidência do SARS-CoV-2 no país a 14 dias está a 53,8 casos por 100 mil habitantes em todo o território nacional e 51,4 infetados por 100 mil habitantes no continente.
Esta terça-feira, atingiu-se a meta das quatro milhões de doses de vacinas contra a covid-19 administradas em Portugal continental: "cerca de três milhões e novecentas mil primeiras doses e um milhão e cem mil segundas doses", informa o Serviço Nacional de Saúde.
O processo está a acontecer mais rapidamente do que o previsto, confirmou ao DN fonte da task force que coordena a vacinação. E a meta de se vacinar todos os maiores de 60 anos até ao final de maio está mais perto ou pode ser mesmo antecipada.
A task force acredita que tal seja possível de alcançar, mas não avança com datas. "Não podemos avançar com uma data neste momento. Apenas registamos que o processo está a correr mais depressa do que o previsto", reforçou a mesma fonte.
Também hoje a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) fez saber que deverá provar ainda este mês a vacina desenvolvida pela Pfizer, em parceria com a BioNTech, para crianças entre os 12 e os 15 anos.
"A meta que estabelecemos é a aprovação em junho. Estamos a tentar ver ser se podemos acelerar a aprovação para o final de maio", disse Emer Cooke, a diretora executiva da EMA, em declarações a jornalistas de quatro jornais europeus.
A posição da EMA tornou-se conhecida depois de se saber que o regulador norte-americano, a Food and Drug Administration (FDA), deu luz verde à administração da vacina às crianças entre os 12 e os 15 anos.
Já no Brasil, cerca de 2500 artistas brasileiros, incluindo o cantor e escritor Chico Buarque e o ator Gregório Duvivier, lançaram um manifesto pela destituição de Jair Bolsonaro da Presidência do Brasil, devido à gestão da pandemia.
Intitulado "Artistas Pelo 'Impeachment'[destituição]", o manifesto tece duras críticas à gestão de Bolsonaro durante a pandemia de covid-19, que fez mais de 423 mil mortos e 15,2 milhões de infetados no Brasil, um dos países mais afetados pela crise sanitária em todo o mundo.
A par do manifesto, foi ainda lançado um abaixo-assinado pela destituição do atual chefe de Estado brasileiro, num evento virtual que juntou nomes como o do cantor e compositor Ivan Lins, a atriz Malu Galli, o músico Zeca Baleiro, o indígena Ailton Krenak, o rapper Emicida ou a atriz Maria Bopp.
"Sou uma pessoa comum, filho de um militar e de uma professora primária, fui bem educado, graças a Deus. Não consigo imaginar um Presidente no nível deste 'cara' [homem], que tem total desprezo pela vida humana. Um Presidente que nunca visitou um hospital para dar força aos médicos, que tem coragem de sugerir a imunização de rebanho, um morticínio. Não temos um estadista, temos um terrorista", defendeu Ivan Lins no encontro.