Mais um dia de luta para os empresários das diversões

Os empresários das diversões continuam em protesto, desta feita em pleno Marquês de Pombal, frente ao edifício da EDP Comercial.
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Durante todo o dia de hoje e até ao final do mês, os empresários das diversões convocaram vários protestos contra as medidas do Governo. Esta quarta-feira, em frente ao edifício da EDP Comercial, mais de três dezenas de pessoas, número que promete aumentar ao longo do dia, manifestam-se contra os contratos feitos a "carrosséis, rulotes e tudo o que é itinerante", conta ao DN Leonel Antão, Presidente da Assembleia Geral da Associação Portuguesa de Empresas de Diversão (APED).

A campanha, denominada como "Manifestações pela Sobrevivência", simboliza, em especial, a luta dos empresários das diversões contra o aumento do IVA no seu setor, que viram passar de 6% para 23%. Até aqui, a classe das diversões estaria, para efeitos fiscais, ao abrigo da cultura, onde o IVA passou para 13%. No entanto, ao serem colocados na classe do lazer, os empresários e feirantes passam a pagar o IVA a 23%. "Injustiça", classifica Leonel Antão, que explica que o seu setor continua a fazer parte da cultura no que diz respeito a efeitos de licenciamento.

Ao som de "Gamar com Style", a versão do humorista Pedro Fernandes do fenómeno sul-coreano PSY e de slogans como "feirante unido já mais será vencido" ou "Gaspar baixa o IVA e verás Portugal a faturar", os empresários das diversões deixam um apelo aos seus pares, que se dizem aplicar a todos os portugueses: "Não deem razões a ninguém para que nos chamem covardes acomodados". Leonel Antão considera também que os problemas dos empresários, como as benesses nos transportes e as portagens nas antigas SCUT, são também problemas de todos os portugueses.

No passado dia 8, os representantes dos empresários foram recebidos pelo Ministro das Finanças, Vítor Gaspar, que consideraram uma "pessoa espetacular" e compreensiva, que prometeu uma resposta às suas propostas no prazo de 10 dias. Leonel Antão realça a "esperança" de todo o setor nas decisões que poderão ser tomadas nesse dia.

Com estas medidas, mais de 300 empresas familiares poderão ser empurradas para a falência. Contudo, o desfile de rulotes, carrosséis e camiões coloridos promete continuar a "acordar" vários pontos da capital, em luta pelo direito de representar a cultura do nosso país.

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