Mais dois alpinistas morrem no Everest. Número de mortos sobe para sete esta primavera

Uma mulher indiana, de 58 anos, que disse antes de sua expedição ter um pacemaker, e um membro nepalês de uma equipa que limpa o lixo da montanha são as mais recentes vítimas mortais.
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Mais dois alpinistas morreram no Everest, disseram esta quinta-feira os organizadores da expedição, elevando para sete o número de mortes no pico mais alto do mundo nesta primavera.

Uma mulher indiana, de 58 anos, que disse antes de sua expedição ter um pacemaker, e um membro nepalês de uma equipa que limpa o lixo da montanha são as mais recentes vítimas mortais.

Suzanne Leopoldina Jesus morreu num hospital na cidade de Lukla, no Nepal, depois de ter sido retirada do acampamento base devido a uma doença.

"Nós trouxemos a alpinista indiana para Lukla do acampamento base num helicóptero na quarta-feira, porque estava doente e não conseguia escalar", disse à AFP Da Dendi Sherpa, diretor-geral da Glacier Himalaya Treks and Expedition.

Jesus arrecadou fundos para a sua escalada com o slogan "Expedição ao Everest e regresso com um pacemaker, aos 58 anos".

Professora de escola primária, Suzanne Leopoldina Jesus pretendia ser a primeira pessoa com um pacemaker a escalar o Everest e a indiana mais velha a subir ao pico mais alto do mundo, informou o Himalayan Times.

"Tentamos mandá-la para Katmandu. Mas devido às más condições climáticas, o helicóptero não pôde voar para Katmandu. Ela foi internada num hospital local em Lukla, onde morreu esta manhã", disse Sherpa.

A outra vítima mortal, um homem nepalês que pertencia a uma equipa de limpa o lixo, morreu na terça-feira enquanto descia o Evereste. Fazia parte de uma campanha anual de limpeza de montanhas do exército do Nepal.

"O trabalho está em andamento para trazer seu corpo de volta", disse à AFP Pasang Sherpa, da empresa de expedição Peak Promotion.

O Nepal emitiu 478 licenças para o Everest para alpinistas estrangeiros nesta temporada, que vai até o início de junho.

Como a maioria precisará de um guia, mais de 900 pessoas, no total, tentarão chegar ao cume.

Na quarta-feira, um alpinista moldavo morreu no acampamento quatro a caminho do topo. Três alpinistas nepaleses morreram no mês passado quando um bloco de gelo glacial caiu e os arrastou para uma fenda enquanto cruzavam a traiçoeira cascata de gelo de Khumbu numa missão de abastecimento.

Um montanhista norte-americano, de 69 anos, também morreu este mês durante uma rotação de aclimatação a uma altitude de cerca de 6.400 metros de altitude.

Em média, cerca de cinco alpinistas morrem a cada temporada de escalada no Everest na primavera. Mas em 2019, 11 pessoas morreram, com quatro das mortes atribuídas à superlotação na montanha.

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