Mais de uma dúzia de navios desviados do Porto de Aveiro

O Sindicato dos Trabalhadores do Porto de Aveiro (STPA) estimou hoje que mais de 12 navios tenham sido desviados devido à greve dos estivadores que entrou na segunda semana, em protesto contra a falta de pagamento do subsídio de férias.
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José Luís Cacho, presidente da Administração do Porto de Aveiro (APA), não soube quantificar o número de navios desviados até agora, mas garantiu que "não foram muitos".

"Houve três ou quatro que foram para o porto de Leixões e alguns que foram para outros portos. Não é muito significativo porque nesta semana não estava previsto muito movimento", referiu.

A greve em Aveiro recebeu a solidariedade dos estivadores dos portos da Figueira da Foz, Viana do Castelo, Setúbal e Lisboa, que a partir de terça-feira se absterão de prestar qualquer tipo de trabalho sobre cargas que, originariamente destinadas a Aveiro, sejam para aqueles reencaminhadas, de acordo com um pré-aviso de greve emitido pela Fesmarpor - Confederação dos Sindicatos Marítimos e Portuários.

O STPA continua a aguardar uma resposta do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, organismo que juntamente com a APA tem assumido um papel de mediação neste conflito, a uma contraproposta que enviaram.

Rui Oliveira, da direcção do Sindicato diz que tem havido "muito pouco esforço" por parte da administração portuária para resolver o conflito. "Como autoridade portuária, já devia ter tomado uma posição mais dura e chamado os operadores portuários à razão", concluiu.

Apesar disso, José Luís Cacho continua a mostrar-se optimista quanto à possibilidade da greve poder terminar nas próximas horas.

"Penso que as coisas estão no bom caminho e hoje ou amanhã haverá condições para as empresas de estiva e os estivadores chegarem a acordo", adiantou, reconhecendo que a greve "não é boa nem para o sindicato nem para as empresas de estiva, podendo agravar ainda mais a situação da ETP".

O Sindicato dos Trabalhadores Portuários de Aveiro fez em Julho passado três pré-avisos de greve até ao próximo dia 23 e admite prolongar a paralisação até ao final do mês.

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