Mais de mil queixas contra Merkel por alta traição

Apresentadas por simpatizantes da direita nacionalista desde o início da crise dos refugiados, em 2015, foram todas consideradas infundadas.
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Mais de mil queixas por alta traição foram apresentadas contra a chanceler alemã, Angela Merkel, por parte de simpatizantes do partido nacionalista Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla em alemão), desde o início da crise dos refugiados, em 2015. A informação é avançada pelo jornal regional Manheimer Morgen.

"As queixas contra a chanceler foram todas consideradas infundadas", disse ao jornal Frauke Köhler, porta-voz do Ministério Público Federal de Karlsruhe, no sudoeste da Alemanha.

Os simpatizantes e militantes do partido anti-imigração e anti-islão criticam a dirigente conservadora por ter aberto as portas do país de forma descontrolada a mais de um milhão de refugiados em 2015 e 2016.

Em campanha para um quarto mandato (as eleições são a 24 de setembro), a chanceler é regularmente vaiada nas suas viagens e deslocações à antiga Alemanha de Leste, onde o AfD conta com muitos simpatizantes.

Na terça-feira à noite, em Bitterfeld-Wolfen, foi assobiada e acolhida aos gritos de "Fora! Fora!". A cidade é um bastião da AfD, que conseguiu 31,9% dos votos nas eleições regionais do ano passado.

Merkel insiste que "não é a gritar, mas a discutir" que se podem resolver os problemas.

A AfD, moribunda no verão de 2015, ganhou fôlego após a chegada de centenas de milhares de migrantes, muitos vindos de países muçulmanos. O partido, próximo de ideias extremistas e xenófobas, tem cerca de 10% das intenções de voto nas sondagens.

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