Mais de 310 feridos em queda de plataforma no Passeio Marítimo de Vigo
Viveram-se momentos de pânico no Passeio Marítimo de Vigo quando uma plataforma de madeira cedeu enquanto decorria um concerto de música. O balanço, que tem sido atualizado durante a manhã, aponta agora para 312 feridos, cinco dos quais em estado grave, embora nenhum corra risco de vida. A estrutura não terá aguentado com o peso das centenas de pessoas que participavam no festival O Marisquiño, de entrada gratuita. A maioria dos feridos são jovens e dois dos graves são menores.
O presidente da Autoridade Portuária de Vigo, López Veiga, explicou aos jornalistas que foi realizada "uma inspeção com câmaras térmicas" para localizar qualquer pessoa desaparecida. "Algumas pessoas estão desaparecidas porque foram para casa. Tudo indica que não houve mais feridos", acrescentou.
Enrique López Veiga disse mais tarde que tudo aponta para "mais do que problemas de manutenção" - o acidente terá origem numa "falha estrutural". Em qualquer caso, disse que "o mais importante é saber o que aconteceu" e depois apurar as responsabilidades, "se houver alguma". A construção deste passadiço foi um trabalho da Zona Franca nos anos 1990 e, segundo um acordo institucional da época, a manutenção da área é feita pela Câmara Municipal de Vigo, razão pela qual é "uma área complexa de administrar".
O responsável indicou ainda que "o Porto cedeu o espaço e exigiu seguro de responsabilidade civil, que a organização tinha". O controlo do evento, acrescentou, é de responsabilidade da organização do festival.
O autarca da cidade, Abel Caballero, afirmou que vão ser investigadas as causas do acidente que se registou pouco depois das 24.00 em Espanha (23.00 em Lisboa). Várias equipas médicas de emergência, ambulâncias e equipas da Polícia Nacional e local, bombeiros, bem como diferentes membros das forças de segurança foram mobilizados para o local.
A parte de madeira que desmoronou, com cerca de 30 metros de comprimento e 10 de largura, estava apoiada em pilares, Estava aberto um inquérito para apurar as causas e para já as autoridades galegas não comentam o estado de conservação da plataforma.
O incidente causou uma situação de grande tensão. "De repente, senti o chão a mexer. Corri para terra firme e olhei para trás, para o caso de haver alguma avalancha. Ainda estou a tremer e preocupada porque vimos muitos feridos", explicou Paula Salómon, ao jornal La Voz de Galicia.
Na internet e em diversos órgãos de comunicação social espanhola, há vários vídeos recolhidos nos momentos seguintes ao incidente.
(notícia atualizada às 09.40)