Mais de 100 mortos em prisão no Equador. Declarado estado de exceção

Supera a centena o número de mortes entre reclusos da prisão em Quito.
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Um motim que aconteceu na terça-feira numa prisão no Equador, cujo sistema penitenciário está em crise pela superlotação e a violência, fez "mais de 100" mortos e 52 feridos entre reclusos, informou órgão governamental encarregado das prisões (SNAI), citado pela AFP.

"O @SNAI_Ec informa que até ao momento confirmam-se mais de 100 #PPL (pessoas privadas de liberdade) falecidas e 52 feridos, durante os incidentes registados esta terça-feira" na prisão Guayas 1, da cidade portuária de Guayaquil (sudoeste), informou a entidade pelo Twitter.


O SNAI acrescentou que a polícia e o Ministério Público "continuam levantado informação" na prisão.

A rebelião de terça-feira já se transformou na mais mortífera do país neste ano. Em fevereiro, quatro rebeliões simultâneas em diferentes presídios de três cidades equatorianas tiveram como saldo a morte de 79 detidos, entre eles vários decapitados. Em julho, outros dois motins deixaram dezenas de mortos.

A gravidade do caso levou o presidente do país, Guillermo Lasso, a anunciar esta terça-feira, também no Twitter, que estava decretando o estado de exceção em todo o sistema carcerário nacional.

O documento assinado pelo chefe de Estado indica que a medida abrange todo o sistema prisional por um período de 60 dias.

O chefe de Estado assinalou que liderará em Guayaquil um comitê de segurança para controlar a "emergência, garantindo [o respeito a] os direitos humanos de todos os envolvidos".

O estado de exceção permite ao poder executivo suspender direitos e usar a força pública para restabelecer a normalidade.



As rebeliões agravaram a crise penitenciária no Equador, causada pelos confrontos entre organizações criminosas vinculadas aos cartéis mexicanos de Sinaloa e Jalisco Nova Geração.

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