Internamentos atingem nível mais baixo desde 2 de janeiro

Há mais novos 1032 casos de pessoas da covid-19, face a segunda-feira. Mas os dados que mais merecem a atenção dos especialistas são os internamentos que voltaram a diminuir. Menos 310.
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A atualização dos dados sobre a pandemia em Portugal indica que, nas últimas 24 horas, foram registados mais 63 mortes e 1032 novos diagnósticos de covid-19.

Uma diminuição que tem sido consistente, como o número de internamentos e pessoas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).

Diminuíram para 3012 as pessoas com o SARS-Cov-2 internadas (menos 310), que representa o número mais baixo desde o dia 2 de janeiro​​​​​​, e para 597 os que estão em UCI (menos 30), de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta terça-feira (23 de fevereiro).

Registe-se que os peritos indicam um limite de 2000 pessoas internadas e 200 em UCI para que seja decretado o desconfinamento geral do país.

Numa carta enviada ao primeiro-ministro, ao ministro da Educação, à ministra da Saúde, aos restantes membros do Governo, e ao Presidente da República, o grupo, do qual fazem parte o virologista Pedro Simas e o epidemiologista Henrique Barros, diz ser possível manter as escolas abertas com ensino presencial com as devidas precauções e apontam algumas medidas.

O grupo de pais, professores, epidemiologistas, psiquiatras, pediatras e outros médicos, psicólogos, cientistas e profissionais de diferentes áreas, lembra que um largo conjunto de investigações "mostrou que as escolas não são contextos relevantes de infeção e, durante o primeiro período, as medidas sanitárias em vigor nas escolas provaram que o curso da epidemia foi independente das escolas estarem abertas".

Por isso, defendem a reabertura de creches e estabelecimentos de educação pré-escolar no início de março e a abrir o ensino básico a partir do início do próximo mês de forma gradual e a começar pelos 1.º e 2.º ciclos.

O primeiro-ministro e a ministra da Saúde usam, no entanto, os números dos internados em cuidados intensivos para travar expectativas quanto à reabertura das escolas. Isto depois de políticos e técnicos terem estado em mais uma reunião do Infarmed, a 16ª desde que a pandemia começou.

Depois de ouvir os especialistas sobre a atual situação pandémica em Portugal, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ouve esta terça-feira a Iniciativa Liberal, Chega, PEV, PAN, CDS-PP e PCP sobre a renovação do estado de emergência, em audiências por videoconferência, a partir das 14:30.

Na quarta-feira será a vez do BE, PSD e PS e, um dia depois, o parlamento reúne-se para debater e aprovar a provável renovação do estado de emergência, que terá efeitos entre 2 e 16 de março e será a 12.ª declaração na atual conjuntura de pandemia de covid-19.

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