Mais 3269 casos de covid-19 e nove mortos em 24 horas
O boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) indica que foram registados, nas últimas 24 horas, 3269 novos casos de covid-19. Segundo o relatório desta quinta-feira (8 de julho) morreram mais nove pessoas devido à infeção pelo novo coronavírus, o número mais elevado desde 8 de abril.
Nos hospitais portugueses estão agora 599 doentes com covid-19 internados, menos quatro em relação ao que foi reportado na quarta-feira. Há, no entanto, mais seis pessoas internadas nas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), elevando para 136 o número total.
Lisboa e Vale do Tejo continua a ter o maior número de novos casos (1574), o que corresponde a 48,15% do total nacional. A região da capital é a que regista também o maior número de óbitos em 24 horas (sete).
A tendência crescente também é verificada na região Norte, onde foram confirmados mais 934 diagnósticos da infeção por SARS-CoV-2 e uma morte.
Logo a seguir surge o Algarve, com 318 novos casos, e o Centro com 279 novas infeções e o registo de uma vítima mortal.
Foram ainda reportados mais 109 casos no Alentejo, 41 nos Açores e 14 na Madeira.
Em 24 horas, registaram-se também 1655 casos de pessoas que recuperaram da doença, são, no total, 840 297.
O país soma agora 899 295 diagnósticos de covid-19 e 17 135 óbitos, sendo que há mais 1812 contactos que estão em vigilãncia pelas autoridades de saúde.
Portugal tem, atualmente, 41 863 casos ativos da doença (mais 1605), refere ainda a DGS no dia em que se realiza nova reunião do Conselho de Ministros, na qual é analisada a evolução da situação epidemiológica do país, numa altura em que o número de contágios continua a subir.
A França já fez saber esta quinta-feira que desaconselha viagens a Portugal e Espanha. Para o secretário de Estado francês para os Assuntos Europeus, Clement Beaune, a situação nos países ibéricos é "particularmente preocupante".
Esta recomendação do Governo francês surge na sequência do aumento de casos, mais concretamente com a variante mais contagiosa Delta.
Clement Beaune admitiu mesmo que "nos próximos dias poderá haver um reforço das medidas" no âmbito das viagens.
Ao canal de televisão France 2, Clement Beaune disse ainda que para "aqueles que ainda não reservaram as suas férias, evitem" Portugal e Espanha, especialmente a região da Catalunha. "É melhor ficar em França, ou ir para outros países", disse.
Já o Governo britânico anunciou hoje que a partir de 19 de julho (na próxima segunda-feira), os residentes no Reino Unido com vacinação completa vão ficar isentos de quarentena à chegada a Inglaterra de países europeus como Portugal que estão na "lista amarela".
A isenção de quarentena vai aplicar-se também aos menores de 18 anos, que ainda não são elegíveis para ser imunizados, adiantou Grant Shapps, ministro dos Transportes, no Parlamento.
Por vacinação completa entende-se terem passado pelo menos 14 dias desde a segunda dose, mas os viajantes terão na mesma de apresentar um teste com resultado negativo 72 horas antes do regresso e realizar um teste PCR às suas custas nas primeiras 48 horas após a chegada.
"Como um dos países mais vacinados do mundo, devemos usar estas vantagens para restaurar muitas das liberdades que foram necessariamente perdidas nos últimos meses", argumentou o ministro britânico.
A vacinação é uma das estratégias principais no combate à pandemia e Portugal tem vindo a aumentar o ritmo de inoculações. Na terça-feira, por exemplo, foi batido um novo recorde, com 154 600 doses de vacinas administradas. E desde ontem que está disponível para quem tem 25 ou mais anos o auto agendamento da vacina na plataforma da Direção-Geral da Saúde.
Para acelerar o processo de vacinação, a Ordem dos Enfermeiros já veio apelar à contratação de mais enfermeiros, de modo a permitir a estes profissionais o gozo de férias sem prejuízo do serviço.
"Esta é a hora de o Governo contratar. Até setembro, mais de 3000 novos enfermeiros deixarão as escolas para entrar no mercado de trabalho. Resta saber se entram em Portugal ou, mais uma vez, emigram. A opção não é só deles", defende a bastonária, Ana Rita Cavaco, em comunicado.
A pandemia já é responsável por mais de quatro milhões de mortes em todo o mundo, desde que surgiram os primeiros casos de infeção pelo novo coronavírus em dezembro de 2019, na cidade chinesa de Wuhan.
Segundo balanço da agência de notícias AFP, mais de 185 milhões de casos de covid-19 foram diagnosticados oficialmente no mesmo período. A grande maioria dos doentes recupera, mas uma parte ainda mal avaliada continua com sintomas durante semanas ou até meses.
Nas últimas 24 horas foram registados 8734 mortos e 425 527 casos em todo o mundo. Os países com maior número de mortos foram o Brasil, com 1648 óbitos, a Indonésia (852) e a Índia (817).