Mais 3194 casos de covid-19 e sete mortes em 24 horas. R(t) desce e incidência dispara

R(t) desce e incidência dispara. Número de internados também sobe. São agora 617, dos quais 141 estão em unidade de cuidados intensivos (mais cinco). Dados da DGS indicam ainda que há 43 323 ​​​​​​​casos ativos de covid-19 em Portugal.
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Foram registados mais 3194 casos de covid-19 em Portugal nas últimas 24 horas, indica o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), elevando para mais de 900 mil o número total de infetados confirmados desde o início da pandemia.

Relatório diário desta sexta-feira (9 de julho) refere também que sete pessoas morreram devido à infeção por SARS-CoV-2. O número de internados volta a subir. São agora 617 (mais 18 face a quinta-feira), dos quais 141 estão em unidade de cuidados intensivos (mais cinco).

Se o índice de transmissibilidade, o chamado R(t), desce para 1,18 a nível nacional e 1,19 no continente (antes era de 1,20), a taxa de incidência regista uma subida significativa.

O boletim diário mostra que a incidência a 14 dias passa de 247,3 para 272,0 casos de covid-19 em todo o território nacional. Já no continente, este indicador passa de 254,8 para 280,5 infeções por 100 mil habitantes.

Estes são os dois indicadores da matriz de risco, que serve de base ao Governo na gestão do processo de desconfinamento.

Lisboa e Vale do Tejo volta a registar o maior número de novos casos, 1482, o que corresponde a 46,4% do total nacional, sendo a região onde ocorreram, em 24 horas, quatro mortes devido à covid-19.

Os restantes três óbitos foram confirmados no Norte, onde se verificaram mais 891 diagnósticos de infeção pelo novo coronavírus.

Algarve é a terceira região com mais novas infeções, ao registar mais 323 casos. Logo a seguir surge o Centro com 319, o Alentejo com 108, os Açores com 48 e a Madeira com 23.

Em 24 horas, foram reportados 1727 casos de pessoas que recuperaram da doença, sendo no total 842 024. Portugal agora contabiliza 902 489 diagnósticos de covid-19 desde o início de pandemia e 17 142 óbitos.

Perante estes dados, Portugal tem, atualmente, 43 323 casos ativos de covid-19 (mais 1460 face ao dia anterior). A DGS indica ainda que há mais 2451 contactos que estão em vigilância pelas autoridades de saúde.

Com a incidência da infeção a subir no país e com 60 concelhos em risco elevado ou muito elevado, realiza-se no próximo dia 27 a reunião sobre a evolução da situação epidemiológica, que junta especialistas e políticos no Infarmed, em Lisboa. A última reunião realizou-se a 28 de maio passado.

O agravamento da pandemia levou o Governo a aprovar na quinta-feira novas medidas, em reunião de Conselho de Ministros, entre as quais insere-se a apresentação de teste negativo ou certificado digital para ter acesso a estabelecimentos turísticos e de alojamento local no território continental.

Os cidadãos terão de fazer o mesmo - apresentar teste negativo ou certificado digital - para frequentarem o espaço interior dos restaurantes durante todo o dia aos sábados, domingos e feriados e às sextas a partir das 19.00. O horário de funcionamento destes estabelecimentos é alargado até às 22.30 nos concelhos de risco elevado e muito elevado (antes era até 15.30), conforme anunciou ontem a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva.

Entretanto, o ritmo de vacinação continua a aumentar, tendo sido registado um novo máximo diário na quinta-feira, com cerca de 158 mil pessoas vacinadas.

"Ontem (quinta-feira), 8 de julho, foi novamente superado o máximo diário de vacinação com cerca de 158 000 inoculações. Esta nova marca só foi possível com a compreensão e paciência de todos os utentes e o profissionalismo e a entrega dos profissionais dos centros de vacinação que dão, diariamente, o seu melhor", indicou a task force que coordena o processo de vacinação, liderada pelo vice-almirante Gouveia e Melo.

"Confirma-se assim a estimativa divulgada ontem, vacinando mais de 611 mil pessoas em apenas 4 dias", adianta.

Portugal está a acelerar o ritmo de vacinação devido à rápida disseminação da variante Delta do SARS-CoV-2, considerada mais transmissível e que já é a predominante no país.

Ainda no que se refere à vacinação, a Pfizer fez saber esta sexta-feira que, em agosto, pretende pedir ao regulador norte-americano, a Food and Drug Administration (FDA), "uma autorização de emergência para uma terceira dose" da vacina. A empresa farmacêutica afirmou que outra inoculação em 12 meses poderia aumentar a imunidade.

De acordo com as primeiras impressões do estudo de reforço de vacinação da Pfizer, é demonstrado que os níveis de anticorpos das pessoas aumentam de cinco para 10 vezes mais após uma terceira dose, em comparação com a segunda.

Investigações em vários países mostram que as vacinas utilizadas contra a covid-19 oferecem forte proteção contra a variante Delta, que é altamente contagiosa e está a espalhar-se rapidamente em todo o mundo.

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