Mais 127 mortes e 2324 novos casos. Internamentos voltam a baixar

Dados da Direção-Geral da Saúde indicam que, nas últimas 24 horas, 5342 pessoas recuperaram da doença.
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Portugal registou, nas últimas 24 horas, 127 mortes e 2324 novos diagnósticos de covid-19. Os dados do boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta quarta-feira (17 de fevereiro) indicam que estão internados 4137 doentes (menos 345 do que ontem).

Assim, o número total de mortes em Portugal desde o início da pandemia ascende a 15649. Ontem tinham morrido 111 pessoas, com 1502 novos infetados.

Lisboa e Vale do Tejo (LVT) continua a ser a região mais atingida. Dos novos mortos, 56% são de LVT. Segue-se o Norte (17%), Centro (16%). Alentejo (6%) e Algarve (5%). Não morreu ninguém nas últimas 24 horas nem na Madeira nem nos Açores.

Dos 127 mortos, um é da faixa etária 40-49 anos, quatro da 50-59, 12 da 60-69, 34 da 70-79 anos e 76 da faixa etária dos 80 anos ou mais.

O número de pessoas em cuidados intensivos também diminuiu nas últimas 24 horas em 33, passando para 719. O pico máximo de internamentos ocorreu em 12 de fevereiro: 846 casos. O total de pessoas internadas é de 4137, menos 345 do que há 24 horas.

Os dados da DGS revelam que, mais uma vez, o número de pessoas recuperadas (5342) supera o de novos infetados (2324), o que indicia uma progressão positiva na diminuição da incidência da pandemia. Ao todo já foram registados desde o início da pandemia 790 885 infetados. O número de contactos em vigilância é hoje menos 8499 do que ontem.

O covid-19 continua, por outro lado, a matar mais homens (8168) do que mulheres (7481).

No dia em que as farmacêuticas Pfizer e BioNTech garantiram mais 200 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 à União Europeia em 2021, foram conhecidos os dados preliminares de um estudo feito em Portugal, em que se conclui que quase metade das pessoas que foram infetadas com o novo coronavírus tinham alguma imunidade dez meses depois do contágio.

Na investigação realizada pela Ordem dos Médicos, Universidade Nova e várias fundações parceiras, 42% das cerca de 600 pessoas analisadas desde março de 2020 mantinham imunidade, uma das tendências foi para as pessoas que tiveram covid-19 com mais gravidade terem mais anticorpos.

O infeciologista Francisco Antunes afirmou que, nos doentes hospitalizados (06% da amostra), "menos de 10% apresentam-se sem imunidade dez meses depois de serem infetados, o que indica, "regra geral, uma imunidade mais robusta e duradoura do que nos indivíduos com sintomas ligeiros ou assintomáticos".

A investigadora Helena Canhão, da Universidade Nova de Lisboa, afirmou que o estudo, por acompanhar as mesmas pessoas ao longo de vários meses, poderá permitir identificar "fatores preditivos" que podem influenciar a imunidade que as pessoas desenvolvem, e esse trabalho continua.

Já sobre o impacto da pandemia, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, afirmou hoje no parlamento que se registaram em janeiro picos de casos de covid-19 nas forças de segurança e nos bombeiros, tendo atingido 10% do efetivo da PSP e mais de 500 bombeiros.

"Tivemos picos em janeiro de infeções e de isolamento profilático nas forças de segurança, que chegaram a atingir no caso da PSP cerca de 10% do efetivo", disse o ministro aos deputados da comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, referindo que na GNR os números foram menores.

O ministro avançou também que mais de 500 bombeiros estiveram infetados com covid-19 ou de quarentena em janeiro.

Eduardo Cabrita sublinhou que foi na segunda quinzena de janeiro que se registou este "nível mais elevado".

A nível mundial, a pandemia já matou mais de 2 419 730 pessoas, desde que os primeiros casos da doença foram detetados na cidade chinesa de Wuhan, em dezembro de 2019, segundo o balanço desta quarta-feira da AFP.

Pelo menos, 109 464 770 infeções foram confirmadas em todo o mundo, refere a agência de notícias francesa com base em dados oficiais.

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