O menor número de mortes e novos casos em vários meses. Mas há mais internados

Portugal registou esta segunda-feira mais 256 casos de covid-19 e dez novos óbitos. Há mais 2371 casos de pessoas que recuperaram, segundo dados da DGS. Mas número de internados subiu pela primeira vez desde 1 de março: 996, mais 20 do que na véspera.
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No dia em que as crianças das creches, do pré-escolar e do 1º ciclo regressam ao ensino presencial, Portugal registou, nas últimas 24 horas, 256 novos casos de covid-19 e 10 mortes. Desde agosto que o país não registava um número tão baixo de novas infeções e desde meados de outubro (dia 14) que não se verificavam tão poucos óbitos diários.

O boletim epidemiológico desta segunda-feira (15 de março) da Direção-Geral da Saúde (DGS) indica ainda que o número de internados subiu, mas voltou a descer o total de doentes em cuidados intensivos.

Assim, há agora 996 doentes hospitalizados (mais 20 do que no dia anterior), dos quais 231 (menos 11 do que na véspera) em unidades de cuidados intensivos.

Com o número de recuperados a superar, mais uma vez, o de novas infeções, continua a baixar o total de casos ativos no país, que são agora 36031 - menos 2125 do que no dia anterior.

Na distribuição geográfica dos casos, Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a região mais afetada, com 91 dos 256 novos casos registados no país. A Região Norte apresenta mais 64 infeções por covid-19 e a Região Centro 22. O Alentejo tem mais 12 casos, enquanto no Algarve foram apenas contabilizadas quatro novas infeções nas últimas 24 horas. Nas regiões autónomas, os Açores têm mais seis doentes, enquanto a Madeira apresenta mais 57.

Quanto a óbitos, Lisboa e Vale do Tejo também apresenta a maior incidência, com sete das dez mortes registadas nas últimas 24 horas. A Região Centro teve dois óbitos e o Alentejo um. O Norte, o Algarve e as Regiões Autónomas não registaram nenhuma morte por covid-19 nas últimas 24 horas.

No total, Portugal já registou até hoje 814513 infeções e 16694 mortes por covid-19.

O boletim da DGS apresenta também a atualização sobre a nova página de matriz de risco (o famoso gráfico com quatro cores distintas que vai regular o nível de desconfinamento do país). Nesta altura, Portugal continua bem dentro do quadrado verde que representa o nível de menor risco.

A incidência de casos em Portugal situa-se nos 96 por 100 mil habitantes, que baixa para 84,2 casos por 100 mil habitantes se considerado apenas o território continental.

Quanto ao índice de transmissibilidade - R(t) - situa-se nos 0,83 a nível nacional e nos 0,79 no Continente.

Em sentido contrário aos restantes indicadores surgiu esta segunda-feira o aumento de doentes internados em enfermarias. Pela primeira vez desde 1 de março, o número subiu, havendo agora a registar 996 pessoas internadas, o que significa um aumento de 20 face ao dia anterior. Já o número de camas de UCI ocupadas por doentes covid voltou a baixar, para 231 (menos 11 do que na véspera).

Apesar desta segunda-feira marcar o início do plano de desconfinamento, o primeiro-ministro, António Costa, sublinhou que esta nova fase na pandemia não é sinónimo de sair, advertindo que a pandemia ainda é grave e que na Páscoa mantém-se o dever geral de recolhimento.

"Entramos hoje na primeira fase do desconfinamento que tem de ser muito prudente, gradual e a conta-gotas. E conta-gotas não é sinónimo de sair e fazer tudo o que gostaríamos de fazer como se não atravessássemos ainda uma grave pandemia", alertou António Costa, numa mensagem publicada na rede social Twitter.

Também hoje o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, revelou que a vacinação dos professores e pessoal não docente começa no próximo fim de semana, continuando depois durante o mês de abril.

Em declarações à Antena 1, Tiago Brandão Rodrigues disse ter sido informado pela task force para o plano de vacinação de que o processo inicia-se no próximo fim de semana.

"Existe uma estrutura que coordena e que é responsável pelo processo de vacinação e que foi criada para gerir este processo e de acordo com aquilo que fomos informados por essa 'task force' já existe neste momento trabalho com as estruturas regionais e locais do Ministério da Saúde para que a vacinação seja iniciada no próximo fim de semana, nos dias 20 e 21 de março, continuando depois durante o mês de abril", adiantou

No entanto, o ministro da Educação remeteu para a task force mais informação sobre o processo.

O ministro da Educação visitou o centro escolar de Paços de Ferreira, no distrito do Porto, para assinalar o regresso às aulas das crianças do pré-escolar e do 1º ciclo e disse aos jornalistas que já foram realizados 65 mil testes à covid-19 nas comunidades educativas. A testagem que vai continuar numa segunda fase "muito mais exigente" a partir de terça-feira.

"Como é sabido nós temos vindo a testar as nossas comunidades educativas desde o dia 20 de janeiro. Já levamos 65 mil testes feitos, com grau de positividade muito baixo, entre 0,1 e 0,2 por cento", disse Tiago Brandão Rodrigues.

A nível mundial, a pandemia já fez pelo menos 2.654.089 mortos desde que foi notificado o primeiro caso na China, segundo o balanço diário da AFP.

Mais de 119 783 950 pessoas foram infetadas pelo novo coronavírus em todo o mundo, segundo o balanço, feito desta segunda-feira, com base em fontes oficiais.

Os Estados Unidos continuam a ser o país mais afetado, tanto em número de mortes como de infeções, com um total de 534 889 mortes e 29 439 056 casos, segundo os dados da universidade Johns Hopkins.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 278 229 mortes e 11 483 370 casos, o México com 194 710 mortes (2 166 290 casos), a Índia com 158 725 mortes (11 385 339 casos) e o Reino Unido com 125 516 mortes (4 258 438 casos).

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