PJ confirma: mãe e filho ainda estavam vivos quando fogo deflagrou
A Polícia Judiciária (PJ) excluiu a intervenção de terceiros na morte de mãe e filho encontrados carbonizados na segunda-feira no interior de uma viatura, no concelho da Ribeira Grande, Açores, informou hoje fonte desta polícia.
"Fruto da investigação e de múltiplas diligências, foram reunidos um conjunto de indícios que apontam para o facto de as mortes terem ocorrido num contexto em que não terá existido intervenção de terceiros", disse a mesma fonte à agência Lusa.
Este responsável acrescentou que a autópsia revelou que as duas vítimas ainda estavam vivas quando o fogo deflagrou na viatura, que se encontrava estacionada numa zona de pastagem.
Inicialmente, havia dúvidas se a mulher teria matado o filho antes de o colocar no carro e lhe pegar fogo.
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Na segunda-feira, a mulher, nascida em 1976, e o filho, de 3 anos, foram encontrados carbonizados numa viatura na zona de Rabo de Peixe, na ilha de São Miguel.
Nesse dia, o comandante dos Bombeiros Voluntários da Ribeira Grande, José Nuno, disse à Lusa que a corporação foi chamada para combater um incêndio numa viatura cerca das 14:00 locais (mais uma hora em Lisboa) e não se apercebeu no imediato que estavam no carro dois cadáveres.
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"Quando chegámos ao local a viatura já estava a arder", referiu ainda José Nuno, indicando que o carro "estava numa zona de difícil acesso, numa pastagem na zona da Boavista, em Rabo de Peixe".
Hoje, a fonte da Judiciária adiantou que "um elemento que precipitou esta situação foi uma alteração da estabilidade emocional da mulher, que não conseguiu conviver com a ideia de cumprir com uma decisão do Tribunal de Família", segundo a qual o filho passaria a estar com o pai uma hora por semana.