"Acho que havia alguma coisa de errado com a piscina que deve ter tornado difícil que eles nadassem em algum momento", disse num comunicado Olubunmi Diya, a mãe das duas crianças que morreram junto com o pai na véspera de Natal durante as férias no Club La Costa World, em Mijas (Málaga). Olubunmi negou ainda que a outra filha, Favour, de 14 anos, tenha informado a polícia ou qualquer outra pessoa que os três não sabiam nadar, depois de a Guardia Civil concluir que tudo não passou de um "trágico acidente"..As vítimas são Gabriel Diya, de 53 anos, pastor na Igreja Cristã Redentora de Deus (RCCG), com sede em Londres, a filha Comfort, de 9 anos, e o filho Praise Emmanuel, de 16 anos..Foi nas redes sociais da igreja que Olubunmi partilhou o comunicado, agradecendo a todos os que enviaram condolências e apoio à família "neste período tão difícil". Dizendo que a família está "de coração partido" com os acontecimentos de 24 de dezembro, mas "fortalecida" na sua fé, a viúva de Gabriel e mãe de Comfort e Praise Emmanuel explicou que estava "perturbada pelas informações imprecisas" que estavam a ser transmitidas aos media.."Os três sabiam nadar. Nunca informámos a polícia ou outra pessoa que os membros da família não sabiam nadar", escreve, indicando ainda que os cinco estavam juntos na zona da piscina e presentes na altura dos acontecimentos trágicos. "As crianças não foram deixadas sozinhas"; lê-se no documento, assim como que as instruções da piscina foram seguidas.."As crianças entraram na piscina usando os degraus mas foram arrastadas para o meio, que era mais fundo, e pediram ajuda quando não conseguiram sair", escreveu Olubunmi, reiterando que a filha "não caiu à água".."O meu marido entrou pelos degraus a tentar ajudar (...) enquanto eu corri para os apartamentos próximos a pedir ajuda para o meu marido", acrescentou, afirmando que quando a ajuda chegou eles já estavam debaixo de água..Olubunmi explica ainda que a investigação ainda está a decorrer e que a polícia espanhola não passou nenhuma informação à família sobre as suas conclusões..Em resposta ao comunicado, o Club La Costa World reiterou que as investigações "diligentes e exaustivas da polícia à tragédia confirmaram que a piscina estava a funcionar normalmente e que não houve nenhum tipo de mau funcionamento". Os proprietários voltam a expressar condolências à família..A investigação realizada pela Polícia Judicial de Mijas concluiu que a morte por afogamento (as autópsias não revelaram outros problemas) se deveu à "falta de perícia das vítimas a nadar quando entraram numa zona profunda da piscina onde não tinham pé"..Num comunicado, que cita um membro da família, a polícia explicou que os três menores estavam na zona menos profunda da piscina, pelas 13.30 de dia 24, enquanto os pais ficaram a apanhar sol. "Num determinado momento, a irmã de 14 anos saiu da piscina, observando desde fora como a sua irmã mais nova entrava na zona mais profunda e desde onde não podia sair pelos seus próprios meios. Ao ver isto, o irmão de 16 anos acudiu em sua ajuda, tendo os mesmos problemas para sair da zona profunda", diz o texto..Foi a irmã que deu o alerta, com a mãe a ir procurar ajuda enquanto o pai entrava na piscina para salvar os filhos, o que não foi possível "porque não sabia nadar".